Boas! para quem ainda não comprou aquela prendinha especial de fazer crescer água na boca, aqui fica a minha sugestão: porque não oferecer o Sexo Off The Record-Palavras Quentes de uma Jornalista? (olha para a gaja a tentar vender o que é dela..tss..tss)
Locais ond está à venda este magnifício (cof cof, entalei-me) romance biográfico:
http://www.7dias6noites.com/ (venda on line)
Bertrand
Corte Inglês
Não esquecer que deve ser entregue num embrulho muito sugestivo e acompanhado de (tomem nota):
-preservativos de sabores
-lingerie erótica
-"brinquedos"
-Champagne
E pronto, tenho a certeza que a noite de consoada vai ser muuuuiiiitooo animada:)
Beijinhos e Bom Natal
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
prenda de natal erótica..hummmm..
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Palavras nas bancas
Viva. Finalmente o livro "sexo off the record-palavras quentes de uma jornalista" já está nas bancas. Apesar de todas as dificuldades que tiveram que ser ultrapassadas, nomeadamente o facto do conteúdo do livro ter sido considerado "muito liberal" e do visual do mesmo (não tem título na capa) ter também sido criticado..enfim..por fim tudo correu bem. E finalmente este projecto baseado aqui no "palavras" foi avante.
Quero mais uma vez agradecer aos elementos do Provoca-me!, principalmente à carpe e ao QJ por todo o apoio e carinho que sempre me deram ao longo de todo o processo.
da mesma forma e pelos mesmos motivos aqui fica o meu uivar de gratidão ao cão sarnento..
E pronto, estou de volta :)
Visitem a galeria da Sara Sá, a fotógrafa responsável pela foto da capa do "sexo off the record"
http://olhares.aeiou.pt/palavras_quentes/foto2238673.html
Espero que se divirtam a ler as minhas palavras, tanto como eu me diverti a escrevê-las.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
o palavras vai "virar" livro
Amigos:
O "Palavras Quentes" recebeu uma proposta de edição e vai "virar" livro. Urge agora fazer uma pausa e escrever vários textos que estão "na forja" e que irão fazer parte do livro que chegará ao público por altura do Natal.
A todos os leitores do "palavras" o meu muito obrigada pela força e pela amizade. Aos meus companheiros de blog:carpe vitam e qj (este último quase me obrigou a criar o blog) o meu coração inteirinho de bandeja: sempre.
Mas atenção: o "palavras" não acaba, fica apenas em suspenso. E é claro que esta vossa muito querida vai continuar a navegar na blogoesfera, a comentar, a provocar e a incendiar os vossos sentidos...
Sugestões para o título do livro e o que mais entenderem são muito bem acolhidas.
Com muita amizade
vossa muito querida
quarta-feira, 18 de junho de 2008
JN revisitado II
JN revisitado
sábado, 14 de junho de 2008
festa dos sentidos
Gosto dos teus olhos. E da forma como olhas para mim. Do teu sorriso e da ternura cor-de-rosa que trazes sempre contigo. E que me ofereces. Sempre. A todo o instante.
Hoje vou entregar-me nas tuas mãos. Podes fazer comigo o que te apetecer. Anda. Prova-me. Deixa-me seduzir-te. Primeiro com um sorriso, um olhar. Depois, com esta paixão vermelha que me aquece o corpo, incendeia a alma e entorpece os sentidos. Anda. Prova-me.
E tu vens. Numa mão o verde da esperança renovada e na outra o cor-de-rosa dos teus bonitos sentimentos. Beijas-me. Sentes-me. Sou suave, não sou? Levemente picante, um bocadinho de nada a saber a anis. Isso. O meu corpo é um batido de coco e a tua boca a percorrê-lo em todos os sentidos desperta em mim o calor de uma tarde de Verão. Azul. Intenso. Cobalto.
Desce. Anda. Prova-me.
E tu vens. A tua língua deixa os meus seios de morango, descem pela minha barriga de batata-doce e entram no meu sexo ameixa. Sorves. Provas-me...
"É bom"..dizes. é muito bom. Digo. E peço-te: anda, faz de mim o teu mundo de aventuras..palmilha-me, explora-me..devora-me..
E tu vens. Com o teu abraço azul-céu. os teus lábios carmesim..os teus olhos acinzentados num mar castanho...e o teu espírito de conquistador...
Devoras cada pedaço de mim, sussurras-me frases loucas de desejo intenso e depois, de mãos dadas, é a minha vez de me perder em ti..
minha querida
quarta-feira, 21 de maio de 2008
covardia
"A maior covardia de um homem
é despertar o amor de uma mulher
sem ter intenção de amá-la".
Bob Marley
quinta-feira, 15 de maio de 2008
a parte difícil...
Fácil. Fácil foi dar o passo decisivo. Foi chegar. Aprender o teu cheiro. Sentir a tua pele. Deslizar no teu corpo. Saborear o teu beijo. Confiar no teu abraço. Entregar-me ao teu desejo. Possuir-te. Ser possuída. Ouvir as tuas palavras quentes no meu ouvido. Soltar as minhas bem junto do teu. Misturar os nossos gemidos de prazer. Fácil...
A parte difícil é deixar-te ir. Esquecer a intensidade do teu abraço, o gosto do teu beijo, o calor do teu desejo. É dizer que não quando quero dizer mil vezes sim..é fechar a porta quando tudo o que mais quero é mantê-la aberta, é dizer-te até nunca mais apesar do meu coração ansiar por um "até já".
terça-feira, 6 de maio de 2008
hey, estamos acorrentados..
logo, no gabinete de costume?
quinta-feira, 24 de abril de 2008
hoje apetece-me..
quinta-feira, 17 de abril de 2008
my away
"Violenta o silêncio conformado. Cessa com outra luz, a luz do dia.
Desassossega o mundo sossegado. Ensina a cada alma a sua rebeldia!..."
quarta-feira, 16 de abril de 2008
para o armário...já!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
"nunca aceites menos.."
quarta-feira, 9 de abril de 2008
a promessa..
"Nunca te esquecerei querida".
"Prometes mesmo, para todo
o sempre,
amén?"
"Prometo, mesmo que não cumpra.."
domingo, 6 de abril de 2008
acerca do tal Pulitzer...
Ao contrário do que já foi dito algures entre os comentários, este blog não pretende receber qualquer tipo de prémio e a prova é que o palavras foi premiado por dois amigos bloguistas : Afectado e D.Sebastião. Agradecemos a cortesia mas não publicamos e vocês que nos conhecem sabem bem porquê.
O "Palavras Quentes" é um espaço de partilha de experiências e troca de opiniões. Sem qualquer outra pretensão.
Beijos e bom domingo
Vossa "Muito Querida"
quinta-feira, 3 de abril de 2008
especialidade da casa...nas relações públicas..
"não sei se me aguento"arfaste
Mordeste-me os joelhos e começaste a subir com a lingua pelas minhas pernas acima. Estavam arrepiadas.
Subiste com a lingua pela parte interior da perna. Quando estavas quase a chegar lá, passaste ao lado e foste passear para a outra. A minha respiração disparou. Sopraste um pouco de ar quente para a minha vulva inchada. Gani. Procurei em redor algo para trincar, encontrei uma régua. Mordi-a.
Passaste a lingua ao longo das virilhas, uma e depois outra. Comecei a arquear a anca contra ti, a implorar-te. E então a tua língua começou a saborear-me, devagarinho. Chegaste ao meu "segredo" e começaste a trabalhá-lo. Comecei a gemer de prazer e apertei-te com força entre as minhas coxas.
Pediste que te libertasse.
-Tenho que o tirar, estou a ferver...
Deixaste cair as calças, baixaste os boxers e o teu sexo saltou, inchado, com veias dilatadas..
Voltaste à carga. Rodeaste-o com a ponta da lingua, começas a fazer cada vez mais pressão...os meus gemidos vão ficando cada vez mais descontrolados....
"especialidade da casa".. a provocação..
"A gente vê-se por aqui.."..
Mal ela saiu atirei-te a mão à "salada", enfiei-te a língua no ouvido e murmurei..."sabes, a zona das relações públicas é tão calma e o gabinete onde ela está, então, é tão pequeninho e recatado, faz um género de uma curva...". Senti-te logo a perder espaço nas calças. Abraçaste-me, já com tesão no olhar, as tuas mãos no meu rabo.."pois é para lá mesmo que vamos, logo, desde sábado que não te como..ah..princesa..aquela cena de Braga não é para repetir..nada de meter outras gajas ao barulho e...coca, então, nem pensar. Combinado?"
Começámos nos maiores melos e "esfreganço". Meto um dedo por entre os botões das tuas calças e esfrego-te o sexo ligeiramente. Provoco-te: "Parece que queres exclusividade". Provocas-me:"Por acaso, mas agora o que mais quero é dar-te a especialidade da casa". E viras-me as costas, entrando na redacção, sem olhar para trás.
Fiquei ali, absolutamente dorida de tanta desejo, encharcada, com o sexo a latejar. A especialidade da casa, não há nada melhor que isso. Não há nada que tu faças melhor..
Já não consegui estar quieta. Fui ajudar a "miss orange" com a reportagem das lampreias e, então, lembrei-me de mais uma provocação. Fui à casa de banho, tirei a tanga, amassei-a até passar despercebida na minha mão fechada e dirigi-me a desporto. Atirei-a disfarçadamente para o teu colo e disse-te ao ouvido:
nas relações públicas...
Na segunda-feira, no jornal, estalou um bate-papo desagradadável entre "miss orange" e "miss river". O nosso "velho" teve que mandar dois murros na mesa para acalmar os ânimos. Como o ambiente estava deveras desagradável no grande porto refugiei-me em cultura, que nessa altura estava mesmo ali ao lado, e por lá fiquei em alegre cavaqueira com "mr white"(que saudades) que me deu um trabalho para fazer, uma peça sobre um concerto na "cave das químicas", em Coimbra. Confidenciei com o "rei mago" alguns pormenores sobre o fim-de-semana em Braga e , então, apareceu o nosso "freak",que na altura era colaborador em desporto. " Este sábado no batô há uma noite especial, vocês não querem ir?". Eu disse logo que sim, mas tu ias estar de serviço, tinhas jogo...
À tarde fui com "miss orange" fazer reportagem sobre "a venda das lampreias", peixe da época. Fomos a alguns restaurantes mais conhecidos pela confecção daquele ciclóstomo (nunca tinha visto nada do género). À saída do jornal tropeçámos no tal rapaz alto, de olhos claros. Observei-o com atenção e ela percebeu o meu interesse.
-É qualquer coisa não é?
-Podes crer, é um bom naco, eu já tinha reparado nele. Tem é um nome bué estranho, qualquer coisa do chão...
Ela riu-se. E disse o apelido.
-Ou isso..
-Mas tem mau feitio..
-Ora, dava-se um jeito...
Seguimos embrulhadas em conversa de mulheres. Ela namorava, na altura, com uma rapaz de desporto que passava a vida a reclamar de tudo e andava sempre "ocupado" com o carro novo, a polir e a tratar a carroçaria (um dia encostei-me ao carro e ele logo, aos berros: eh pá cuidado)...
Passámos a tarde fora e ao chegar à redacção ainda fomos desfiar umas contas de Rosário, quando ouço chamar por mim:
(continua..olálá, se continua...)
quarta-feira, 2 de abril de 2008
é gozo ou mera brincadeira?
terça-feira, 1 de abril de 2008
braga revisitada..(continuação)
Entrámos e um manfias já bem aviado grita: "Cum caralho..que touura"...
Por entre as brumas do meu cérebro olho-te, tentando entender..
Olho-te pasmada. Ris-te. "Cona, cu e mamas" explicas.
-Parece um porta-chaves mas tu é que sabes..
Fui conversando com ela, dançámos, bebemos, fumámos, a noite foi-se fechando sobre nós. Valia tudo.
-Deixa-me ver as tuas mamas..
Atiraram-se os dois a mim. Devoraram literalmente cada pedacinho do meu corpo. Ela não me larga o peito, lambe-me as mamas e geme baixinho. Tu, percorres as minhas coxas e a tua língua entra e sai de mim dobrada, rítmica..alucinas-me e não me aguento mais, é muito bom... Aproximo-a de mim, beijo-lhe os seios tão miúdos e ouço-a gemer e, então, vira-se para ti. Vejo as tuas mãos entre as pernas dela. Ela atira a cabeça para trás e começa a mexer a anca, com movimentos cada vez mais rápidos. Geme muito alto e ouvimos, vagamente, umas pancadas na parede do quarto ao lado.De seguida damos-te um tratamento de príncipe. As nossas línguas percorreram o teu corpo em direcções opostas, até se encontrarem no teu sexo. Ela, de uma lado. Eu, do outro. Vamos percorrendo o teu pau no mesmo sentido, de maneira que as nossas línguas tocam-se a todo o comprimento e saboreámos um linguado enquanto os teus gemidos enchem o quarto. Não aguentas e explodes nas nossas bocas. Partilhámos entre nós o teu orgasmo.
Abraço-te e deixo-me embalar numa ressaca monumental.
que se foda..
nota:obrigada meu querido "encontrado" de olhos verdes e apelido composto por teres contribuído para o remexer do baú das minhas memórias..as noites de braga são (eram) um must de rock e sexo..
braga revisitada
(continua..)
segunda-feira, 31 de março de 2008
depois do natal..(continuação)
-Sex shop?Mas...que...
-Então, querias que eu levasse isto para o jornal?
-Mas o que é? Mostra...lubrificante...
-Hum hum, não há melhor lubrificante que a saliva, mas como tu és uma amadora...
Corei.
Lá fomos, com o meu saco às costas. Jantamos perto da rotunda da Boavista e fomos para tua casa. Entrámos na banheira e começámos a ensaboar-nos. Enquanto percorremos o corpo um do outro vamos misturando bocas e línguas Trocamos toques e dentadas e preparas a gillette para retocarmos a depilação dos nossos sexos. Gostamos de estar muito lisinhos...
em busca dos olhos verdes e nome composto...
Eu não tive culpa. Os senhores anónimos são os responsáveis por esta ideia. Estava eu embalada na minha prosa (romanesca) a contar os meus mais intimos segredos, quando "alguém" foi ao armário e tirou de lá o rapaz de olhos esverdeados e nome composto. E tanto insistiram nesse assunto que a vossa Muito Querida não descansou e vaí de ler a ficha técnica do JN, disponível na net, à procura de nomes compostos, até ficar míope.
Lá descobri um senhor com apelido composto (um único) e em Braga. Ah, Braga, a cidade mais puta deste país...o que eu tenho a contar sobre Braga, nem de propósito.
Mas será este senhor o tal rapaz de olhos esverdeados que em 1995 chamou a minha atenção na redacção da sede do JN?
Vá lá, ajudem-me...se for o mesmo e continuar tão interessante..pode ser que eu ainda lá vá..dançar o vira...
(suspiro)
Braga por um canudo..o que eu tenho a escrever sobre a "Amsterdão portuguesa"....
sábado, 29 de março de 2008
depois do natal..
Regressei ao porto no dia 27 de Dezembro. Acabadinha de chegar à estação de S. Bento num dos primeiros comboios da manhã vi-te de pé, à minha espera.
Desci e dirigi-me para ti. Abraçaste-me com força e escondeste a cara nos meus cabelos, enquanto as tuas mãos desciam para o meu rabo.
-Tive saudades tuas gaja...
-Também eu...
Ofereci-te os meus lábios e aceitei a tua língua.. e fomos atingidos por aquele tesão tipo choque eléctrico. As nossas mãos correram o corpo do outro..
-Foda-se, que vontade tenho de te comer..vamos praí para qualquer sítio..
-Começas? Esperamos mais um bocadinho..
-Deves ser doida.....
Agarras-me pela mão e levas-me até às casas de banho da estação, deprimentes, sujas, acanhadas..
Encostas-me aos azulejos frios, baixamos as calças, arredamos a roupa para o lado e entras em mim, com urgência..fodemos contra a parede, uma foda rápida, apertadinha, enquanto me mordes a orelha e me dizes aquelas palavras tão tuas......"ai morito, és uma foda tão boa"..
Começamos a ganir embalados pelo nosso prazer e, então, começas a pressionar o meu rabo e murmuras.."é isto que eu quero para a próxima..dás?"..
Excitada, digo que sim e sinto-te explodir num orgasmo de muita saudade. Como bom conhecedor do meu corpo, sabes o que é preciso para me fazer feliz. Levantas-me uma perna, aumentas o ritmo e aguentas-te o suficiente para me fazeres vir. Mordo-te o ombro, enquanto tudo à minha volta fica lilás..
Descansamos um bocado encostados à porta e então olhas-me, alucinado, com um brilho diferente no olhar, expectante...
-Prometeste, vais cumprir?
Digo que sim, que está bem, que depois se vê..mas sinto a tua excitação...
Passamos pela Batalha, para eu comprar brincos e depois seguimos para o jornal.
Subimos até à redacção e dirijo-me ao meu local de estágio. Cumprimento o pessoal, deixo que me beijem, que me gabem a cor mais modesta de cabelo (castanho) e ouço o editor:
-O pai natal trouxe-lhe o jogo de panelas menina?
Ocupo o meu lugar e "cai-me" trabalho nas mãos..
-A menina e o J.P (outro estagiário) vão com o--------ao Tribunal de------acompanhar o julgamento de tráfico de droga do Bairro do Cerco..
Fomos os três mais o motorista num carro do jornal, não identificado.
Ambiente desgraçado, insultos, miséria.
Gramamos o resto da manhã, almoçamos num sítio por ali perto e voltamos ao início da tarde.
Uma tarde inteira de apontamentos. Eles saíram da sala várias vezes para fumar. Eu, como não fumadora, gramei do príncipio ao fim. Resultado: às 21h30 ainda estavamos no jornal a comparar notas, numa redacção praticamente deserta, à excepção dos editores.
Tu estavas, à minha espera. Livrei-me do trabalho e fui ter contigo.
Estavas com um pau descomunal, eu, era mais fome. De comida, mesmo.
-Comes em casa morito, agora vamos passar nos carros que eu deixei uma pasta lá e faz-me falta..
-Nos carros, não inventes..que carros..tenho fome, porra.
-Também eu. O sítio onde guardam os carros da empresa, nunca foste?
(continua)
sexta-feira, 28 de março de 2008
ah cão...
Uma bela manhã o chefe mandou-me ir contigo à esquadra da PSP (ao comando) para me inteirar dos assuntos de Polícia. "Lá são recebidos pelo relações Públicas da PSP que vos informa do que aconteceu durante a noite, observe, para compreender o que nos interessa reter. Certo?"
Certíssimo. Desço contigo. Tens um carro antigo, não faço ideia qual a marca ou modelo. És sempre tu quem faz este serviço. A conversa entre nós é banal, corriqueira... "Estás a gostar de cá estar?"; "Estou"; "Sentes saudades de Lisboa?", "Sinto".
Até que, com um olhar malicioso dizes:
-Estou para te perguntar há que tempos...
-Hum?....
-Adoro esse teu cheiro...esse perfume.....qual é?
-Ah, "amarige"...
-Vou comprar para oferecer à minha mulher....adoro..
-Isso, ela vai gostar...
E então..com um ar de sacana:
-Assim, posso fazer umas brincadeiras mais safaditas e pensar em ti...
ah cão........
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Era uma antiguidade naquela casa, mas tinha um sentido de humor fabuloso. Brejeiro. Asneiras, uiii...
Um dia descobri que o ecran do computador dele, em descanso, dizia:
"toca-me..toca-me.......ui, ui.."
Achei piada e comentei com ele.
Resposta pronta e sorriso trocista:
"Então menina, até os bichinhos gostam, não me diga que a menina não tem quem lhe dê uns afagos, uns apertões, uns carinhos..oh menina, se não tem agora quando é que vai ter?"
Sentindo-me picada, respondo:
-"Pois fique a saber que isso é coisa que não me falta"
E logo ele, depois de uma troca de olhos com os restantes senhores presentes:
-Eu sei disso menina, eu sei disso..e olhe até lhe digo mais, se ainda aceita candidatos...eu ponho-me na fila....
ah cão.........
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Usava um daqueles bigodes farfalhudos que tapam o lábio superior. Piscava-me o olho e perguntava:
-Vai ao lanchinho menina?
Eu disfarçava, dizendo que costumava lanchar todos os dias e tal..
Um dia a conversa descambou para homens com e sem bigode.
Eu disse logo que não apreciava esse "apetrecho"...
O senhor em causa arregalou os olhos e atirou logo:
-Porquê menina?..olhe que isso é porque nunca experimentou, isto até tem a sua piada...
E eu , sem perceber o andamento...
-Terá, eu é que não vejo qual...
-Não está a ver?
-.........
E com uns olhinhos malandros:
-Serve para fazer cócegas, entre as pernas, às meninas...devia experimentar..
ah cão
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Era mesmo muito alto e tinha um vozeirão. Assustava-me um bocadinho.
Um dia apanhei-o no elevador. Descemos juntos. Já me tinha atirado umas bocas maliciosas, sem grandes ondas.
Nesse dia disse-me claramente: "provocas-me, sabias?". Disfarcei.
A sua estatura e os olhos penetrantes fizeram-me corar.
Sorriu:
-Há alguma coisa que não gostes em mim?
Arrisquei.
-Por acaso até há. Para começar, essa aliança que usa, ofusca-me...
-Isto querida?
Rodou o anel e tirou-o.
-Está resolvido? Já te agrado mais?
E com um olhar muito malandro, aproximou-se de mim, curvou-se e sussurrou-me ao ouvido:
-É que tu estás a ficar cada vez mais apetitosa......
ah, grande cão..
terça-feira, 25 de março de 2008
algures de joelhos, no JN...
terça-feira, 18 de março de 2008
nos bastidores do JN
Andávamos a namoriscar há já algum tempo, eu passava a vida a meter o nariz em desporto para coscuvilhar contigo e havia até quem mandasse umas boquitas brejeiras, estilo "isso ainda vai dar em esfrega de quatro joelhos..". Expressão engraçada que passei a usar..
segunda-feira, 17 de março de 2008
uma aventura no jornal de notícias
quinta-feira, 13 de março de 2008
uma noite no coliseu do Porto
1994. Nick Cave tinha concertos agendados nos coliseus. Por causa dos exames falhei o concerto de Lisboa. Segui para o Porto. Coração apertado pela emoção. Roupa preta, sempre. Botas dr martens.Cabelo tingido de cor-de-laranja. Viajava sozinha, calada, ao som do último trabalho de Cave. Nunca o "Do You Love Me?" fez tanto sentido como naquela altura.
Quando nos encontramos os nossos olhos cruzaram-se e ficou tudo dito, a fogueira da nossa paixão não estava extinta..ainda resistiam brasas suficientes para atear o maior dos fogos ....
Nessa noite mergulhei nas profundezas de mim mesma conduzida pela voz do intérprete/compositor que me alucina desde a adolescência. E então fomo-nos aproximando na escuridão do Coliseu, a minha sala de espectáculos preferida.
Devagar, tocaste-me na mão, lembras-te? Acendeste em mim um rastilho de desejo perigoso, naquele ambiente carregado de erotismo os nossos corpos foram-se tocando suavemente. ..os teus lábios roçaram o meu cabelo,a minha nuca..e a tua voz soou rouca ao meu ouvido..
Fomos. Mal abandonamos a sala a tua mão agarrou a minha. Conduziste-me determinado à casa de banho masculina. Entramos, indiferentes aos olhares confusos e maliciosos dos vários homens que estavam nos mictórios. Uma única casa de banho fechada. Degradada. Encostas-me à parede e as nossas mãos ganham vida própria. As nossas bocas sôfregas abrem-se para deixar entrar duas línguas que se conhecem bem. Desaperto-te as calças que caiem aos teus pés e os teu sexo salta de lá. A minha mão aperta-o e baixo-me para sentir o cheiro..este cheiro que tens quando estás excitado..sentes? Lambo-te a cabecinha, mais para te cheirar do que para te dar prazer.
Rouquejas "saudade", sussurro "paixão"..e o prazer chega..engolimos a saliva um do outro, engasgamo-nos..trincamos os lábios..
Lembras-te?
terça-feira, 11 de março de 2008
a caminho do alentejo..
A verdade é que já não conseguia resistir. Era agora ou nunca mais e acho que não me perdoaria se isso acontecesse. O estranho é que sinto que algo mudou. Não sei o quê mas sinto. Tenho que pôr isto em pratos limpos...
-Podes chegar aqui, por favor?
-Por favor?
-Anda cá. Quero falar contigo.
-Estou a caminho.
-Diz....
-Entra e fecha a porta
-...
-Estás bem?
-Porque é que não havia de estar?
-Não pareces...queria falar sobre o que se anda a passar.
-Não é a melhor altura. Se já não precisas de mim, vou-me embora.
-Falamos depois?
-Depois...
-Não te ponhas com merdas. Ontem saíste daqui lixada. Queres falar do assunto?
-Tu é que querias falar de alguma coisa...
-Pois queria. Mas aqui não é o melhor sítio. Estive a pensar; Temos uma reportagem para fazer amanhã no "Convento do Espinheiro". Podias vir comigo e falávamos pelo caminho.
-O que é isso?
-Vê na net. O site é este: http://www.conventodoespinheiro.com/
terça-feira, 4 de março de 2008
agora falo eu (continuação..)
-Então miuda? Estava a ver que nunca mais... Tens tudo pronto?
-Tenho pois. Já está a andar. Não precisas de agradecer de uma forma tão efusiva.
-Esta hoje está inspirada... anda daí. Vamos jantar com o Eduardinho que ele hoje ainda tem que ir para casa, coitadinho.
-Vai-te foder. Se ainda tivesses que fazer trezentos quilómetros não dizias isso.
-Pois. Gostas pouco de ficar cá, gostas...
-Eu gosto, mas não há nada como o Porto...
-Gaba-te cesto...
-Eduardo, a última noite foi das melhores que já passei no Porto!
Não se diz isto a quem tem um copo de vinho na boca. O engasganço projectou-lhe vinho em cima.
-Dassse! então pá? Engasgáste-te? Tás a ver Eduardo? Pões-te para aí a dizer essas coisas... a miuda até se engasgou.
-Não me digas que já não gostas da noite do Porto... Tás a ficar mal habituada.
-Então?
-Já não ia lá há imenso tempo, tinha saudades de tudo...
Puta da miuda, está a provocar-me de uma maneira... Será que foi de propósito? Isto ainda vai dar merda. Que se foda. Já agora sempre quero ver onde isto vai parar. Se é para estoirar mais cedo ou mais tarde,que seja mais cedo.
-Deixa lá ver isso.
-Não me chegaste a dizer o que achaste da noite no Porto...
-Não foi má. Um bocadinho solitária mas eu cá me arranjei.
-A minha também.
-Porquê? Perdeste-te?
-Não me piques miuda. Não era suposto aquela cena ter acontecido.
-Tu é que me provocaste ao sacares as cuecas da mala!
-Costumas fazer aquilo a todos os que te aparecem com as tuas cuecas na mão?
-Não sejas ordinário. Pelos vistos fiz mal...
-Fizeste que foi uma maravilha. Foi pena ter sabido a pouco.
-Não ouvi ninguém bater à porta!
-Se calhar não estavas com atenção...
- ...
-Estou a brincar pá, calma. A verdade é que tive medo que desse bandeira.
-Tens que arranjar um cãozinho...
-Vamos pedir a conta?
-Trata disso enquanto vou à casa de banho.
- Não acredito nesta merda. Só a puta da conversa já me deu tesão. Vou mas é pedir ...
-Como é? Vamos?
-Bebes mais qualquer coisa ou tens o querido à espera?
-Pode ser. Ele não foge...
- Tou fodido...
-Uma coisa; Por acaso não tens nada meu...
-O quê?...
-Não te faças de parvo. Não te fica bem.
-Pensava que as podia guardar, embora já tenham perdido o aroma...
-Tens aí contigo?
-Tenho, porquê?
-Dá-mas por debaixo da mesa...
-Já me tinhas dito...
-Parvo...
Acabaste? Vamos embora.
-Julgas que eu tenho a tua idade ou o quê? Mal por mal, vamos no monta-cargas.
A meio do percurso, ela pressionou o botão de paragem e perante o meu olhar de expectativa...
-Tens a certeza que não mas queres dar?
-Foda-se! Pensei que era desta.
-Dá-mas cá!
-Tás com alguma fisgada. De repente deu-te para aí, desde o restaurante. Que se lixe, também isto ainda dá merda.
Tirei do bolso as cuecas que tinha "namorado" ns últimos dias e com ar solene, entreguei-lhas.
-Toma lá
Metendo-as na mala, tirou de lá outras e estendeu-mas.
-Eh lá! Por esta é que eu não esperava! Então foi isso que foste fazer à casa de banho... Grande cabra!
-Assim ficas actualizado.
-Menos conversa e mais acção...
Ele levantou-se sem lhe largar a perna, desapertou as calças e penetrou-a de uma estocada ao mesmo tempo que a olhava nos olhos com ar de sacana.
Ficaram um bocado encostados à parede do monta-cargas, a arfar. Ela tirou as cuecas que ele lhe tinha dado e vestiu-as, pondo lá dentro um lenço de papel.
Puseram o monta-cargas a andar novamente e dirigiram-se para a redacção em silêncio.
domingo, 2 de março de 2008
agora falo eu..
...
Eu sei que é domingo, é o teu dia de descanso, mas houve uma merda grave e eu preciso de ti lá.
...
-Veste qualquer coisa porra! Não vais para nenhuma festa...
...
-Vá despacha-te que já te digo mais qualquer coisa... Não. Vais lá direitinha e depois passas por cá. Mas rápido se fazes favor.
...
-Já te ligam a dar o resto. Despacha-te... Obrigado. Não te demores.
Não conseguia tirar da cabeça a atitude irreverente dela. Se calhar foi isso que o pôs doido e o fez vir daquela maneira. O olhar de sacana que ela lhe fez enquanto o engolia, fazendo rodar a lingua à volta da cabeça, pondo-o fora de sí até que se viera de uma maneira como já não se lembrava de o fazer. Recordava os espasmos na base da coluna, o leite a subir pelo caralho e a derramar-se completamente na boca dela. Nunca na vida iria esquecer esse momento. O resto... a forma como se recriminava por não ter ido ter com ela ao quarto, o medo do que esta situação poderia significar na sua vida, parecia-lhe agora uma pobre desculpa para, uma vez mais, fugir da vida que tendia a afastá-lo irremediavelmente do rumo que tinha traçado para sí. Não gostava da sensação de impotência que isso lhe provocava. Também não gostava da maneira como se enganava a si próprio, tentando convencer-se que vivia com a mulher da sua vida, quando para ele, ela era neste momento a mãe dos seus filhos, a sua colega de quarto. Tudo isto girava à volta da sua cabeça quando ouviu uma voz conhecida.
-Olha quem ele é! Pensei que andasses a passear as criancinhas!
nota: atendendo a várias reclamações decidimos dividir o texto em dois para tornar a leitura mais fácil.Toda a cena foi imaginada e escrita por um amigo que interpretou o meu "querido editor"..
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
o mundo erótico de Miller
domingo, 24 de fevereiro de 2008
e porque hoje é domingo..
"Foder por prazer é um jogo difícil, perigoso. Especialmente para as mulheres, cujos corpos estão especificamente concebidos para as enredarem em ligações permanentes".
Emily Maguire
"Morde-me"