segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

prenda de natal erótica..hummmm..

Boas! para quem ainda não comprou aquela prendinha especial de fazer crescer água na boca, aqui fica a minha sugestão: porque não oferecer o Sexo Off The Record-Palavras Quentes de uma Jornalista? (olha para a gaja a tentar vender o que é dela..tss..tss)

Locais ond está à venda este magnifício (cof cof, entalei-me) romance biográfico:

http://www.7dias6noites.com/ (venda on line)
Bertrand
Corte Inglês

Não esquecer que deve ser entregue num embrulho muito sugestivo e acompanhado de (tomem nota):

-preservativos de sabores
-lingerie erótica
-"brinquedos"
-Champagne

E pronto, tenho a certeza que a noite de consoada vai ser muuuuiiiitooo animada:)

Beijinhos e Bom Natal

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Palavras nas bancas

Viva. Finalmente o livro "sexo off the record-palavras quentes de uma jornalista" já está nas bancas. Apesar de todas as dificuldades que tiveram que ser ultrapassadas, nomeadamente o facto do conteúdo do livro ter sido considerado "muito liberal" e do visual do mesmo (não tem título na capa) ter também sido criticado..enfim..por fim tudo correu bem. E finalmente este projecto baseado aqui no "palavras" foi avante.
Quero mais uma vez agradecer aos elementos do Provoca-me!, principalmente à carpe e ao QJ por todo o apoio e carinho que sempre me deram ao longo de todo o processo.
da mesma forma e pelos mesmos motivos aqui fica o meu uivar de gratidão ao cão sarnento..
E pronto, estou de volta :)

Visitem a galeria da Sara Sá, a fotógrafa responsável pela foto da capa do "sexo off the record"

http://olhares.aeiou.pt/palavras_quentes/foto2238673.html

Espero que se divirtam a ler as minhas palavras, tanto como eu me diverti a escrevê-las.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

o palavras vai "virar" livro

Amigos:

O "Palavras Quentes" recebeu uma proposta de edição e vai "virar" livro. Urge agora fazer uma pausa e escrever vários textos que estão "na forja" e que irão fazer parte do livro que chegará ao público por altura do Natal.

A todos os leitores do "palavras" o meu muito obrigada pela força e pela amizade. Aos meus companheiros de blog:carpe vitam e qj (este último quase me obrigou a criar o blog) o meu coração inteirinho de bandeja: sempre.
Mas atenção: o "palavras" não acaba, fica apenas em suspenso. E é claro que esta vossa muito querida vai continuar a navegar na blogoesfera, a comentar, a provocar e a incendiar os vossos sentidos...

Sugestões para o título do livro e o que mais entenderem são muito bem acolhidas.

Com muita amizade

vossa muito querida

quarta-feira, 18 de junho de 2008

JN revisitado II

Ouço-te dizer até amanhã a alguém que ainda está na redacção e logo de seguida apareces, puxas-me pelo braço e desaparecemos por entre "shiuss" e sorrisos maliciosos em direcção ao espaço que "tão bem" escolheste para este reencontro.
Perco-me nos teus braços enquanto vamos tirando as roupas ao sabor do desejo que começa a escaldar. Puxo-te para mim e procuro a tua boca. O teu beijo alucina-me, a tua língua dança com a minha e as tuas mãos exigentes que passeiam pelo meu corpo fazem-me recuar dez anos. A minha boca conhece de cor esse corpo...percorre-o até chegar ao teu sexo. Duro. Quente. Palpitante. O cheiro de macho atinge-me como um choque eléctrico que me percorre as entranhas. Este cheiro que eu não sabia que tinha guardado durante todos estes anos. Lambo-te e chupo-te até pedires "mais não, por favor".
De joelhos à minha frente abres o meus lábios com dois dedos e sorves-me como se eu fosse um figo maduro. O meu sexo é uma romã. Carnuda. Polpuda. Inchada de tesão. A escorrer rios de excitação. Trincas o meu clítoris e eu grito de prazer.
Vamos para o chão. Eu ajoelho-me e tu vens por trás e começas a lamber-me. Grito. Tu sabes que isso deixa-me louca. É tão diferente de ser lambida de frente....tão melhor..
Entras em mim e sinto o teu sexo bem duro a bater contra a boca do meu útero em estocadas firmes, ritmadas, que me levam ao orgasmo.Sentes as minhas contracções e pedes-me sexo anal.
Viro-me de frente para ti, coloco as minhas pernas à volta do teu pescoço e o teu sexo desliza para dentro do meu rabo. Balanço a anca contra ti e frente a frente, olhos nos olhos, com as nossas bocas a lambuzarem-se, aprecio o prazer que se desenha no teu rosto, o tesão que chispa nos teus olhos, as saudades que eu tinha de sentir o teu orgasmo...
"É claro que não vais postar nada disto lá no teu blog..."
Claro que não querido..

JN revisitado

Claro que mais cedo ou mais tarde ias acabar por descobrir que sim, sou eu. A muito querida sou eu. Sim, querido. Tenho as mãos a suar e a voz a tremer enquanto falo contigo ao telemóvel. Tantos anos...e a tua voz a provocar o efeito de sempre..para sempre..
Claro que vou ter contigo. Combinámos e faço-me à estrada. Os quilómetros entre Lisboa e o Porto gastam-se rapidamente enquanto o pensamento voa..
Estás igual. Diferente, mais velho (pois) mais seguro, mais calmo, mas igual. Tens o mesmo brilho malandro nos olhos e na pele o mesmo cheiro.
Entrar no jornal contigo tantos anos depois foi arrepiante. O espaço mudou consideravelmente, há mais cubículos, há um cheiro a modernidade e muitas caras novas, para mim, of course. E outras tantas conhecidas. Eles não me reconhecem. Já não tenho piercings nem cabelo cor de laranja. Cumprimos o combinado. Saio. Vou à baixa. Espero-te para jantar. E voltámos ao jornal.
Foi fácil, tão fácil. Passámos na portaria, subo contigo, fico nas casas de banho enquanto vais "controlar" a redacção. Às 23 horas está pouca gente. Enquanto inspiro este ar que já não me "conta" nada reconheço o barulho "mecânico" da iluminação e sinto o mesmo "ar pesado" do ambiente..parece que está sempre para acontecer alguma coisa, ou então, são os meus fantasmas do passado manhosos a assaltarem-me o pensamento..
Sorrio e refugio-me na escuridão. Espero por ti.
"Anda. desejo-te"..

sábado, 14 de junho de 2008

festa dos sentidos

Gosto dos teus olhos. E da forma como olhas para mim. Do teu sorriso e da ternura cor-de-rosa que trazes sempre contigo. E que me ofereces. Sempre. A todo o instante.
Hoje vou entregar-me nas tuas mãos. Podes fazer comigo o que te apetecer. Anda. Prova-me. Deixa-me seduzir-te. Primeiro com um sorriso, um olhar. Depois, com esta paixão vermelha que me aquece o corpo, incendeia a alma e entorpece os sentidos. Anda. Prova-me.

E tu vens. Numa mão o verde da esperança renovada e na outra o cor-de-rosa dos teus bonitos sentimentos. Beijas-me. Sentes-me. Sou suave, não sou? Levemente picante, um bocadinho de nada a saber a anis. Isso. O meu corpo é um batido de coco e a tua boca a percorrê-lo em todos os sentidos desperta em mim o calor de uma tarde de Verão. Azul. Intenso. Cobalto.

Desce. Anda. Prova-me.

E tu vens. A tua língua deixa os meus seios de morango, descem pela minha barriga de batata-doce e entram no meu sexo ameixa. Sorves. Provas-me...

"É bom"..dizes. é muito bom. Digo. E peço-te: anda, faz de mim o teu mundo de aventuras..palmilha-me, explora-me..devora-me..

E tu vens. Com o teu abraço azul-céu. os teus lábios carmesim..os teus olhos acinzentados num mar castanho...e o teu espírito de conquistador...

Devoras cada pedaço de mim, sussurras-me frases loucas de desejo intenso e depois, de mãos dadas, é a minha vez de me perder em ti..

minha querida

quarta-feira, 21 de maio de 2008

covardia

"A maior covardia de um homem

é despertar o amor de uma mulher

sem ter intenção de amá-la".

Bob Marley

quinta-feira, 15 de maio de 2008

a parte difícil...



Fácil. Fácil foi dar o passo decisivo. Foi chegar. Aprender o teu cheiro. Sentir a tua pele. Deslizar no teu corpo. Saborear o teu beijo. Confiar no teu abraço. Entregar-me ao teu desejo. Possuir-te. Ser possuída. Ouvir as tuas palavras quentes no meu ouvido. Soltar as minhas bem junto do teu. Misturar os nossos gemidos de prazer. Fácil...
A parte difícil é deixar-te ir. Esquecer a intensidade do teu abraço, o gosto do teu beijo, o calor do teu desejo. É dizer que não quando quero dizer mil vezes sim..é fechar a porta quando tudo o que mais quero é mantê-la aberta, é dizer-te até nunca mais apesar do meu coração ansiar por um "até já".

É levantar-me e pensar em ti, levar a vida para a frente empurrando porque tu não estás, é ir ver o mar e não dar por ele, é olhar o céu e não descortinar as nuvens, é ter frio e fome e sede e não saber o que fazer com a roupa, a comida e a bebida.

É sentir o peito em chaga aberta e não saber como fechar a ferida antes de me esvair em sangue..é ter numa mão "nada" e na outra coisa nenhuma, é multiplicar por mil a solidão e somar o vazio..

É murmurar liberdade e sentir-me prisioneira deste sentimento que me envenena...

Liberdade! É a parte mais difícil..

terça-feira, 6 de maio de 2008

hey, estamos acorrentados..



As horas foram passando lentamente e eu tinha as mãos suadas e sentia um nervoso miudinho. Afinal ia voltar a estar contigo depois de vários dias sem ti e, a expectativa de te voltar a tocar e beijar deixavam-me de pernas trémulas..

Que disparate. Levantei-me e dirigi-me à casa de banho. Lavo as mãos e a cara e sorrio ao pensar no teu olhar malicioso, que bom que é voltar a ver esse brilho..

Por volta das seis e meia olhas-me e sais da redacção. Recado entendido. Deixo passar um bom bocado, afinal o pessoal não é parvo..e digo ao "velhote" que tenho que sair para aviar uma receita (já usei esta desculpa) e não é que ele me sorriu e piscou o olho?
Por momentos pensei que o homem estava a ter um enfarte mas a expressão de cumplicidade desvaneceu-se logo de seguida para dar lugar à habitual cara de "cão que morde". Esqueci-o portanto e dirijo-me ao gabinete..

Olho em redor e entro rapidamente. E então encostas-me à porta e sinto logo o teu cheiro. Esse cheiro que me mata. E o teu toque. As tuas mãos no meu corpo. Fecho os olhos e entrego-me aos teus carinhos. Submersa em mil sensações onde impera a saudade, deixo que o desejo tome conta de nós. Sinto que me despes a saia, baixas os collants e puxas a minha tanga..sinto a tua boca a subir pelas minhas pernas, mordes-me as coxas e avanças decidido até ao meu sexo. Beijas, lambes e voltas a subir até à minha boca. Tento falar mas a minha língua está "prisioneira" da tua. Trincas-me os lábios..gemo. É bom..doi...

O teu mastro, ainda escondido nas calças de ganga, chega a magoar de tão duro de tesão ... esfrego-me em ti enlouquecida de desejo..o meu sexo palpita e encharca-te os dedos..passo-te a mão no pau, liberto-o e sinto o sangue a correr-me nas veias a mil..escaldante..sei bem o que quero..

Olho-te bem fundo nos olhos...tu percebes o que vou fazer e gemes...baixo-me e, sem desviar os olhos dos teus, abocanho-te..lambo-te..chupo-te, rolo o teu pau na minha boca..e sorvo o teu caldo até à última gota enquanto me chamas puta..

Saímos do pequeno gabinete absolutamente insatisfeitos, inconformados. Descemos. Chegámos à rua e dirigimo-nos de mãos dadas até "aquele sítio", uma pensão um bocado abaixo do jornal..onde damos largas à fantasia... comemo-nos em todas as posições..gritamos todas as palavras de desejo que nos queimavam os lábios enquanto eu delirava em orgasmos lilás e sentia o teu coração a bater descompassado junto do meu...

Nesse final de tarde quando, exaustos abandonávamos esse quarto, olhaste-me e disseste com aquele ar malicioso e pronúncia minhota:

-Hey, estamos acorrentados...

logo, no gabinete de costume?

A noite de sábado no batô não podia ter corrido pior. Sim, eu fui, tu não, tinhas trabalho no domingo. Mas apareceste de surpresa não foi?
Pois..e não gostaste nada de me ver em amena cavaqueira com aquele rapaz que conheci lá. Eu nunca me vou esquecer do teu olhar. Tentei falar contigo. Não resultou.Pedi boleia até à Boavista. Bati à tua porta. Não abriste. Deixaste-me sozinha no meio da rua, às seis da manhã. Fui para casa a pé e só no dia seguinte, ao acordar, percebi a importância que tu tinhas para mim. Afinal, fazia tanta diferença.....
Folgaste segunda e terça e eu passei pela tua casa. Estavas irredutível. Voltaste ao jornal na quarta e eu, entretanto, estava a tentar viver no Porto sem ti, o que não era nada fácil.
Valia-me a paz que sempre senti junto de "mr.white" e daquele fotógrafo de cabelo e barbas brancas compridas. Os teus ciúmes infundados começaram a parecer cada vez mais ridículos e resolvi esquecer-te, até porque a cena estava a dar que falar no jornal, e eu nunca gostei de ser alvo de chacota. Já tinha passado um mau bocado quando aquela doçura de homem (o editor) resoveu gracejar em voz bem alta:
-"Tadinha, deixem a menina que ela agora já não tem quem lhe dê colinho..."
Espumei de raiva e, por isso, concentrei-me no trabalho que tinha entre mãos e mandei o meu coração à fava apesar de não conseguir deixar de olhar para ti que, no teu mutismo, continuavas sempre bem atento à minha pessoa.
Chegou a sexta-feira e, durante um almoço bem animado, consegui descontrair-me e divertir-me, pela primeira vez nessa semana. Só mais tarde, ao procurar um lenço de papel no bolso do casaco, é que encontrei a tua mensagem. Mal toquei no pedaço de papel percebi que era teu.
Com o estômago contraído, li:
"Logo, no gabinete de costume?"
Tinha o coração aos saltos quando procurei os teus olhos, ao fundo da redacção. Olhamo-nos e tu percebeste a minha resposta.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

hoje apetece-me..




Hoje saí para a rua e senti na pele o sol deste dia maravilhoso. Vou a pé para o jornal. Tenho tempo. E a luz única de Lisboa merece toda a minha contemplação.


O telémovel no meu saco desvia-me a atenção.

Olha quem ela é...


Eu:-Então, que tal vai isso amiga?


Ela:-Isso pergunto eu miguita, ontem estiveste ausente, não apareceste no msn..

Eu:-Pois não querida, reportagem...

Ela.-Andei no Palavras, só tu para misturares Sex Pistols com Miguel Torga..

Risos...


Sento-me na pastelaria do costume. Faço o meu pedido. Passo a língua pelos lábios e desabafo:


Eu:-Hoje o que mais me apetecia era um broche..


Ela:-xiiii..não me fales dessas coisas logo de manhã..

Eu: -A sério...apetecia-me encostá-lo à parede...beijá-lo enquanto meto as minhas maõzinhas malandras por baixo da camisola..passar a língua pelo peito dele bem devagar e ir descendo...hummmmmm......
Ela:-Gaja..tu hoje estás doida..mas a quem..ao tal? Xiiiii...


Eu.-Claro...a sério..ir descendo devagar..sempre a olhá-lo bem dentro dos olhos..libertar o animal..

Ela:-Sentir o cheiro de tesão...é o que eu mais gosto..o cheiro deixa-me doida..


Eu:-Isso...e sentir o pau a crescer na mão..adoro, quando a cabecinha espreita...hummmmm..dar-lhe umas lambidelas tipo chupa-chupa....

Ela:-E começar a a abocanhá-lo devagarinho....aiiii..


Eu:-Isso isso..e soprar-lhe..depois enfiar-lhe a língua no buraquinho e abocanhar.. abocanhar..sempre de joelhos..mas sem perder o contacto visual..brincar com as bolinhas....


Ela:-Hummm..sabes que estou a sentir o sabor desse broche?

Eu:-Vê-lo a contorcer-se de prazer e saborear cada gotinha do seu orgasmo, sem desviar os meus olhos dos dele..


Ela:-.......................

Risos...

Pago, saio e, enquanto caminho pelas ruas, recordo-me de uma cena parecida que aconteceu lá no Porto, no JN.

Sei, por isso, que hoje vai ser um bom dia, à semelhança desse dia longínquo e de chuva...tão entesoado...lá na invicta..


quinta-feira, 17 de abril de 2008

my away



"Violenta o silêncio conformado. Cessa com outra luz, a luz do dia.

Desassossega o mundo sossegado. Ensina a cada alma a sua rebeldia!..."

(Miguel Torga)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

para o armário...já!

E pronto, depois de muito pensar resolvi tomar esta atitude. Vou arregaçar as mangas e chamar esse menino que anda por aí à solta e que me tem dado tanto trabalho..
oh pssst, se faz favor, sim, tu, rapaz de olhos verdes e nome composto. Quem julgas que és? Apanhaste uma nesga da porta das memórias aberta e ala morena..e agora andas por aí, rei e senhor da minha imaginação..como se não bastasse tens uns camaradas que me escrevem a deitar lenha para a fogueira: "Não tem olhos verdes, mas sim castanhos, nunca trabalhou na sede mas tão só nas delegações...nananana...blábláblá".
Mas quem manda afinal nas minhas memórias?
Eu. Tem olhos verdes (porque é assim que eu me recordo dele), é alto (ou mingou ?) e tem um belo e estranho nome composto (graças a Deus ainda ninguém o negou) e ponto final.
Mas agora meu querido, está na hora de voltar para o baú das recordações..ala..
O quê?? Não voltas?
Impertinente
Ora lá está o tal mau feitio..o quê? Tem outro nome? Como? Personalidade...?!!
Toma lá que é para não falares com meros fantasmas...como? Diz lá mais alto..
-Faço parte da espuma das ondas da tua vida, sou aquela marca que fica na areia quando a água recua e volta para o mar..
Interessante.........
Enfim, volta para o teu lugar. Sim, para o armário das memórias..anda..já! É escuro? Pois..mas é lá o teu lugar..volta aqui..não fujas..não é por aí..não sejas impertinente, não tens opção..cuidado, essa porta é a do..coração!!!
Só eu é que decido quem entra aí.. fantasma usurpador..o quê? É quentinho, gostas do tic-tac?
Pronto, está bem, deixa-te estar...recordação simpática..mas adormecido..isso..recua lá bem para o fundo..pode ser aí mesmo, nesse cantinho escondido..
Ufa! De vez em quando temos de arrumar as nossas memórias...não é?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"nunca aceites menos.."

Foi a única mulher naquela redacção de quem eu gostei verdadeiramente e de quem poderia ter sido muito amiga, mesmo no mundo real como eu gostava de dizer, ou seja, lá fora, num contexto diferente.
Tinha muitas irmãs e falou-me de cada uma pormenorizadamente. Era uma mulher quarentona, charmosa e com um "jogo de cintura" que impressionava.Rainha absoluta entre homens. Fazia de conta que não entendia algumas bocas mais maliciosas da secção masculina ou alguns "recados" do editor para depois, mais tarde, desabafar comigo "ai ,este homem, que feitio de cão". De dedo em riste, depois de muito apregoar, dizia em modos de conselho: "Enfim, não te esqueças, se conseguires trabalhar com ele, trabalhas com qualquer pessoa". Certíssimo. Ainda hoje me lembro "dele", quando me aparece à frente alguém mais complicado e...quem vier..morre!
Recordo-me dos passos dela quando chegava, a forma como despia o casaco e o colocava nas costas da cadeira, a maneira displicente (mas não vaidosa) como cumprimentava o pessoal e a forma como eles a olhavam. Era óbvio que a presença dela agradava.
Por vezes, em certos finais de tarde, ela "brincava" um bocadinho com o pessoal, ou seja, dava um bocadinho de corda, entrava na conversa, gracejava, criava um bom ambiente e, depois, de forma subtil, com muita classe, informava que estava na hora de ir embora e..eles "morriam" na praia....
Levantava-se, vestia o casaco e piscava-me o olho disfarçadamente.
Eu ficava boquiaberta, olhava para ela como se fosse uma diva (para mim era, sem dúvida)porque a forma como ela transformava aqueles tubarões (os homens mais velhos) em pombinhos ...era uma façanha que escapava ao meu entendimento, na altura..
Foi ela que protagonizou um dos momentos mais marcantes, com uma carga de tal forma erótica que, se não fosse a banalidade do local e das circunstâncias, eu diria que ela era uma femme fatale.
Ela estava a terminar o texto, sentada muito direita, a escrever com os braços muito juntos, sem perder a postura. Nesse final de tarde, vésperas de Natal, eu estava sentada no lugar do rapaz de olhos verdes, que não se encontrava- "ele não vem sempre, pode usar esse lugar quando ele não estiver" -tinham-me dito à chegada.
Procurou-me com o olhar, sorriu-me e perguntou-me o de costume: "Filhota, vais voltar com outra cor no cabelo, não vais?" e depois, em voz alta: "Terminei, vou-me embora. Vou dar-vos um beijinho..."
E pronto, foi aí. Eu sei que foi esse o momento em que algo mudou. Era palpável a transformação. Aqueles homens de língua afiada e resposta mordaz ficaram alterados. Algo parou naquele momento, naquele local. E logo a voz dela a proferir a frase fatal:
-Mas nada de mãozinhas...
E eles de olhos a brilhar, muito quietos, expectantes, lembravam crianças à espera de um doce que só se recebe em ocasiões especiais. Receberam os dois beijos "de bom Natal"que ela lhes depositou na face como se fosse algo "muito especial"...
Ela era especial...
Um dia perguntou-me ao ouvido: "Sabes para que servem os homens?".
-Sexo?!!, perguntei com ar irónico.
Riu-se.
-Isso é muito pouco..os homens servem para nos fazer felizes. Nunca aceites menos do que isso..
Querida "miss rivers":
Eu nunca aceito menos, nunca.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

a promessa..

"Nunca te esquecerei querida".

"Prometes mesmo, para todo
o sempre,

amén?"


"Prometo, mesmo que não cumpra.."

domingo, 6 de abril de 2008

acerca do tal Pulitzer...

Ao contrário do que já foi dito algures entre os comentários, este blog não pretende receber qualquer tipo de prémio e a prova é que o palavras foi premiado por dois amigos bloguistas : Afectado e D.Sebastião. Agradecemos a cortesia mas não publicamos e vocês que nos conhecem sabem bem porquê.

O "Palavras Quentes" é um espaço de partilha de experiências e troca de opiniões. Sem qualquer outra pretensão.

Beijos e bom domingo

Vossa "Muito Querida"

quinta-feira, 3 de abril de 2008

especialidade da casa...nas relações públicas..

Lá nos aguentámos como foi possível até àquela hora da "cigarra" em que já muita gente foi embora mas ainda há gente a trabalhar num compasso de grande concentração. É a nossa hora.
Eu saio primeiro e espero-te perto dos elevadores. Finalmente apareces com o teu olhar brilhante de desejo. Não há nada mais entesador do que estas fodas ao príncipio da noite, dentro deste prédio. Lá nos dirigimos à zona das R.P, deserta, escura...."naaaa...essa parte já são arrumos" dizes."São nada, olha ali o tal cotovelo".
Mal entrámos, encostas-me à parede. Ofereço-te a minha boca e sinto as tuas mãos no meu corpo, devagar. Percorro o teu corpo que conheço tão bem, as minhas mãos escorregam por baixo da tua camisola e ajudo-te a tirá-la. Começo a passar a minha língua pelo teu peito, devagar, gozando com os teus gemidos. Trinco-te um mamilo e desço até ao teu umbigo, rodeio-o e entro lá fazendo pressão. Gemes e a tua mão desaparece por entre as minhas pernas, passas o dedo médio devagarinho pelo meu sexo sumarento e prendes o meu clítoris entre os teus dedos. Estremeço de gozo. Sei o que se segue.
Deitas-me sobre a pequena mesa redonda, a minha saia sobe até ao meu peito e fico assim exposta. O meu cheiro de fêmea deu-te uma tesão que o pau te doeu dentro das calças.

"não sei se me aguento"arfaste


Mordeste-me os joelhos e começaste a subir com a lingua pelas minhas pernas acima. Estavam arrepiadas.


Subiste com a lingua pela parte interior da perna. Quando estavas quase a chegar lá, passaste ao lado e foste passear para a outra. A minha respiração disparou. Sopraste um pouco de ar quente para a minha vulva inchada. Gani. Procurei em redor algo para trincar, encontrei uma régua. Mordi-a.

Passaste a lingua ao longo das virilhas, uma e depois outra. Comecei a arquear a anca contra ti, a implorar-te. E então a tua língua começou a saborear-me, devagarinho. Chegaste ao meu "segredo" e começaste a trabalhá-lo. Comecei a gemer de prazer e apertei-te com força entre as minhas coxas.

Pediste que te libertasse.

-Tenho que o tirar, estou a ferver...

Deixaste cair as calças, baixaste os boxers e o teu sexo saltou, inchado, com veias dilatadas..



Voltaste à carga. Rodeaste-o com a ponta da lingua, começas a fazer cada vez mais pressão...os meus gemidos vão ficando cada vez mais descontrolados....
"anda, não me tortures mais" imploro-te..
Viras-me de barriga sobre a mesa e entras em mim, com tal intensidade que o tampo da pequena mesa, solto, começa a bater ao sabor das tuas investidas.
Vamos para o chão, fico de quatro, apoiada sobre as minhas mãos e joelhos e aguento o teu peso e a tua loucura. Mordes-me com força o ombro, engasgaste, começas a tossir...sinto as contracções que vêm lá bem do fundo quando começas a jorrar dentro de mim...
Empino o rabo e peço "só mais um bocadinho". Tu dás.
No fim, afagaste-me o cabelo e suspiraste:
-Estou esgotado morito...
Lembras-te querido?..Bons tempos, grande tesão..

"especialidade da casa".. a provocação..

A Susana tinha arranjado um quarto no Marquês e estava com pressa de ir embora.


"A gente vê-se por aqui.."..

Mal ela saiu atirei-te a mão à "salada", enfiei-te a língua no ouvido e murmurei..."sabes, a zona das relações públicas é tão calma e o gabinete onde ela está, então, é tão pequeninho e recatado, faz um género de uma curva...". Senti-te logo a perder espaço nas calças. Abraçaste-me, já com tesão no olhar, as tuas mãos no meu rabo.."pois é para lá mesmo que vamos, logo, desde sábado que não te como..ah..princesa..aquela cena de Braga não é para repetir..nada de meter outras gajas ao barulho e...coca, então, nem pensar. Combinado?"

Começámos nos maiores melos e "esfreganço". Meto um dedo por entre os botões das tuas calças e esfrego-te o sexo ligeiramente. Provoco-te: "Parece que queres exclusividade". Provocas-me:"Por acaso, mas agora o que mais quero é dar-te a especialidade da casa". E viras-me as costas, entrando na redacção, sem olhar para trás.

Fiquei ali, absolutamente dorida de tanta desejo, encharcada, com o sexo a latejar. A especialidade da casa, não há nada melhor que isso. Não há nada que tu faças melhor..

Já não consegui estar quieta. Fui ajudar a "miss orange" com a reportagem das lampreias e, então, lembrei-me de mais uma provocação. Fui à casa de banho, tirei a tanga, amassei-a até passar despercebida na minha mão fechada e dirigi-me a desporto. Atirei-a disfarçadamente para o teu colo e disse-te ao ouvido:

-Quando puderes cheira essa cena para veres em que estado eu estou, cão...
Agarraste-me um braço, puxaste-me para ti e sussurraste-me, entre dentes:
-ah, cabra...
Dirigi-me para o meu lugar, devagar, muito direita, com a cara a arder...
tenho que ter cuidado, não tenho tanga e estou de saia...
Sentei-me muito direita e olhei-te disfarçadamente..os teus olhos chispavam de desejo..
coitado de ti, lá te aguentaste como pudeste..
lembras-te querido?
que tesão.....

nas relações públicas...

Regressámos de Braga, ressacados, moídos, mas felizes.


Na segunda-feira, no jornal, estalou um bate-papo desagradadável entre "miss orange" e "miss river". O nosso "velho" teve que mandar dois murros na mesa para acalmar os ânimos. Como o ambiente estava deveras desagradável no grande porto refugiei-me em cultura, que nessa altura estava mesmo ali ao lado, e por lá fiquei em alegre cavaqueira com "mr white"(que saudades) que me deu um trabalho para fazer, uma peça sobre um concerto na "cave das químicas", em Coimbra. Confidenciei com o "rei mago" alguns pormenores sobre o fim-de-semana em Braga e , então, apareceu o nosso "freak",que na altura era colaborador em desporto. " Este sábado no batô há uma noite especial, vocês não querem ir?". Eu disse logo que sim, mas tu ias estar de serviço, tinhas jogo...


À tarde fui com "miss orange" fazer reportagem sobre "a venda das lampreias", peixe da época. Fomos a alguns restaurantes mais conhecidos pela confecção daquele ciclóstomo (nunca tinha visto nada do género). À saída do jornal tropeçámos no tal rapaz alto, de olhos claros. Observei-o com atenção e ela percebeu o meu interesse.


-É qualquer coisa não é?


-Podes crer, é um bom naco, eu já tinha reparado nele. Tem é um nome bué estranho, qualquer coisa do chão...

Ela riu-se. E disse o apelido.

-Ou isso..


-Mas tem mau feitio..

-Ora, dava-se um jeito...

Seguimos embrulhadas em conversa de mulheres. Ela namorava, na altura, com uma rapaz de desporto que passava a vida a reclamar de tudo e andava sempre "ocupado" com o carro novo, a polir e a tratar a carroçaria (um dia encostei-me ao carro e ele logo, aos berros: eh pá cuidado)...

Passámos a tarde fora e ao chegar à redacção ainda fomos desfiar umas contas de Rosário, quando ouço chamar por mim:

-Oh menina, anda aí uma estagiária nova que diz ter estudado consigo. Sabe quem é? Ela veio aqui atrás de si. Está nas Relações Públicas.
Lá fui a correr às Relações Públicas.
-Susana, não acredito.
Era uma colega lá da "Nova". Mostrou-me o gabinete onde ia estagiar, num sítio do jornal que eu ainda não tinha estado e logo "estalou" uma ideia na minha mente perversa.
Fomos lanchar os três e apresentei-te como meu..ah...namorado.


(continua..olálá, se continua...)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

é gozo ou mera brincadeira?

Estou absolutamente pasmada com a admiração provocada pelos textos que falam de sexo no JN. É que não entendo o que faz tanta confusão, até já mereci destaque no BOLA NA ÁREA... o que só tenho que agradecer e, claro que vou lá escrever um comentário quente..
Tenho recebido vários comentários de pessoas que querem que eu diga que é mentira, não posso: é verdade. Até nem entendo qual é o problema dessas pessoas, o meu "lindo minhoto" já lá não está...
Ora vamos lá a ver, o post "algures de joelhos no JN" é absolutamente verdadeiro mas aconteceu quando esta vossa "Muito Querida" tinha 22 anos...ou seja, hoje JAMAIS o faria, naquela altura foi tão natural, apesar da consciência do perigo..
Mas vocês julgam o quê?
Que os administradores, médicos, advogados, professores, jornalistas e afins "desatarracham" o sexo antes de ir para o trabalho, é? Só o pessoal das obras é que tem autorização de "carregar" com ele o dia todo?
Já estou mesmo a ver a cena:
chega a mulher a casa afoita e grita ao marido:
-Querido, viste por aí a minha síndrome pré-menstrual?
-Está na terceira gaveta da cómoda..já agora..não sei onde deixei a pila..ah, estava em cima do armário..junto com as tuas hormonas saltitantes...
ah....já me sinto inteiro outra vez, começo a ver-te com outros olhos..chega-te aqui querida..
Por favor não me lixem, nem se façam de hipócritas, todos nós deitamos o olho ao marido "pão" da amiga, à colega de trabalho "boazuda", sentimos o coração bater mais forte quando aquele amigo "especial" nos sorri, os homens têm erecções várias vezes ao dia, olham para os decotes, mini-saias, rabos, pernas e olhos das mulheres dos amigos, companheiras, amigas, colegas de trabalho e afins...quantas vezes namoriscamos, namoramos, casamos, somos amantes..
..de colegas de trabalho.?..
Agora, como é lógico, nem toda a a gente passa das sensações à prática (também havia de ser giro) mas que há muito boa gente que até gostava..mas não tem coragem....
Pronto, o que eu escrevo é verdade mas tem "fermento", no entanto são experiências inofensivas e positivas e a privacidade das pessoas está protegida e eu só guardo boas recordações daquela empresa.
E eu ainda tenho tanto para contar mas, por este andar, vou pensar duas vezes..

terça-feira, 1 de abril de 2008

braga revisitada..(continuação)




Entrámos e um manfias já bem aviado grita: "Cum caralho..que touura"...

Por entre as brumas do meu cérebro olho-te, tentando entender..

-Chamou-me vaca?

-Não, chamou-te boa..


Descemos umas escadas apertadas e entrámos num salão impregnado de fumo de cigarros e charros. Acendemos logo outro. Começo a curtir e ouço uns miúdos à minha volta:


CCM! CCM!

Olho-te pasmada. Ris-te. "Cona, cu e mamas" explicas.

foda-se..

A música estava do melhor, as bebidas não aqueciam nos copos. Fomos misturando vodka com as nossas salivas, bebendo dos lábios um do outro, provocando-nos mutuamente, antecipando o gozo que sabíamos estava para vir...

Encostada ao balcão estava uma miúda estranha, muito magra, pequena, de olhos quase fechados num risco, cabelos muito escuros pelo ombro, ondulados, e com um ar inconfundivelmente indiano. Estava completamente pedrada...

Meteu-se contigo, disse-te que me queria conhecer. Começámos a falar. A dada altura perguntei-te, ao ouvido, se gostavas dela.

-Parece um porta-chaves mas tu é que sabes..

Olhei-a, gostava dela, era uma menina-mulher, exótica...

Fui conversando com ela, dançámos, bebemos, fumámos, a noite foi-se fechando sobre nós. Valia tudo.
Saímos os três já de dia. Mal entrámos no carro, agarrou-se a mim. Beijou-me e pediu-me com uma voz muito rouca:

-Deixa-me ver as tuas mamas..

oub`lá....

Ficámos numa pensão central, indicada pela nossa amiga, e ouço-te vagamente fazer reserva para duas noites. Subimos aos tropeções.

No quarto a menina-mulher mostrou-nos a fibra dela. Mãos, língua e muita lábia..

Atiraram-se os dois a mim. Devoraram literalmente cada pedacinho do meu corpo. Ela não me larga o peito, lambe-me as mamas e geme baixinho. Tu, percorres as minhas coxas e a tua língua entra e sai de mim dobrada, rítmica..alucinas-me e não me aguento mais, é muito bom... Aproximo-a de mim, beijo-lhe os seios tão miúdos e ouço-a gemer e, então, vira-se para ti. Vejo as tuas mãos entre as pernas dela. Ela atira a cabeça para trás e começa a mexer a anca, com movimentos cada vez mais rápidos. Geme muito alto e ouvimos, vagamente, umas pancadas na parede do quarto ao lado.De seguida damos-te um tratamento de príncipe. As nossas línguas percorreram o teu corpo em direcções opostas, até se encontrarem no teu sexo. Ela, de uma lado. Eu, do outro. Vamos percorrendo o teu pau no mesmo sentido, de maneira que as nossas línguas tocam-se a todo o comprimento e saboreámos um linguado enquanto os teus gemidos enchem o quarto. Não aguentas e explodes nas nossas bocas. Partilhámos entre nós o teu orgasmo.
Deitámo-nos bem juntos. Mais tarde ouço-a vomitar na casa de banho e depois sair.

Abraço-te e deixo-me embalar numa ressaca monumental.

que se foda..

nota:obrigada meu querido "encontrado" de olhos verdes e apelido composto por teres contribuído para o remexer do baú das minhas memórias..as noites de braga são (eram) um must de rock e sexo..

braga revisitada



(Este vídeo que escolhi dos "Mão Morta" faz todo o sentido para este post. Gosto muito da banda e aprecio o Luxúria que conheci em Lisboa, daí ter escolhido este tema. Este texto relata uma aventura verídica, nua, crua e, portanto, se vieste até aqui por engano, se tens uma mente reservada, sexualmente puritana, não leias, vai ler outro blog que fale sobre política ou outra coisa qualquer).


Sexta-feira à noite. Estávamos fartos do ambiente do jornal, de trabalho, de ver as mesmas caras, ainda por cima tinha sido uma semana de seca, nem sequer tinhamos conseguido mandar um daqueles nossos esfreganços lá no jornal. Péssima semana. Jántamos no sítio do costume, entornámos umas cervejas até ficarmos assim-assim. E então..."bora até Braga..é fixe.." dizes.


"Bora".


Passámos lá na tua casa, arranjámos um saco com roupas e butes..


No teu carro, escolhemos " Mão Morta". Apropriado. À medida que enfrentamos o trânsito, saco da"pedra" e começo a queimar e a enrolar. De maneira que quando chegamos à cidade dos três P`s (Padres, Putas e Paneleiros) já estávamos completamente cacetados e só já queríamos: coca para o nariz, charro aqui e charro ali, vodka p´ra atestar e uma nina para brincar connosco.


Entrámos no "bar da associação", enfiámos uns canecos e saímos para tratar do nariz. No teu carro "snifámos" o que trouxemos do Porto. Um clarão explodiu no meu cérebro e com os sentidos em alerta e as sensações à flor da pele, embriagados de liberdade e libertinagem chegámos ao insólito. A noite começou aí verdadeiramente. Atestámos vodka atrás de vodka, fizemos amizades e naufragámos numa cena chamada club 84 ou 85...

(continua..)

segunda-feira, 31 de março de 2008

depois do natal..(continuação)

Fomos. Quando lá chegamos, dirigiste-te ao carro que tinhas usado durante o dia, apalpaste debaixo dos bancos e sacaste de lá um embrulho.

-Sex shop?Mas...que...

-Então, querias que eu levasse isto para o jornal?


-Mas o que é? Mostra...lubrificante...


-Hum hum, não há melhor lubrificante que a saliva, mas como tu és uma amadora...

Corei.

Lá fomos, com o meu saco às costas. Jantamos perto da rotunda da Boavista e fomos para tua casa. Entrámos na banheira e começámos a ensaboar-nos. Enquanto percorremos o corpo um do outro vamos misturando bocas e línguas Trocamos toques e dentadas e preparas a gillette para retocarmos a depilação dos nossos sexos. Gostamos de estar muito lisinhos...

Saímos embrulhados num único toalhão, indiferentes aos teus colegas de casa. Contigo, era assim, natural. Se, por acaso, alguém aparecesse diziamos "olá, boa nooiite" em uníssono, com um grande sorriso e lá íamos....
Fomos. Entrámos no teu quarto, deixámos cair o toalhão e recolho-me nos teus braços. Gosto da tua estatura mediana que encaixa bem com a minha e gosto de sentir as tuas mãos, tão suaves, que percorrem o meu corpo de forma atrevida. O teu sexo espreita, retesado de excitação e eu não resisto, não posso observar tamanha excitação sem provar. Sou tão gulosa..
Nun segundo estou de joelhos, com uma mão seguro o teu pau pela base, com a outra apalpo-te o rabo. Começo a lamber pela base sem o deixar entrar na minha boca, fujo dele, até começares a ter "choques eléctricos", então abocanho-te, rolo-o na minha língua, enfio-a pelo buraquinho e vou pressionando, abocanho-te de novo, engulo-o até te sentir no fundo da minha garganta e peço-te que me dês tudo o que tens..e tu dás, entre gemidos e asneiras..
Levanto-me e estendo-te os lábios para partilhar contigo o teu orgasmo. Aceitas. Sabes que tens que aceitar, neste campo sou eu quem imponho regras...senão.."acabam-se as chupadelas, não há mais.."
Num instante estou em cima da tua cama, de quatro. Vens por trás e começas a lamber-me as costas até chegares ao meu rabo. Dás-lhe umas trincas e começas a brincar com o meu clítoris, até sentires que estou encharcada. Sinto a tua língua a aproximar-se da minha vulva, a prová-la, mordes-me com cuidado e começas a lamber-me o rabo, devagarinho, estimulando-o com a ponta da tua língua até me sentires pronta. Vais buscar o lubrificante e começas a besuntar-me...hum..é fresquinho..sabe bem..
Estou muito excitada. Sinto a tua cabecinha encostar-se ao meu rabo, de uma forma firme mas não fazes qualquer movimento.
-Vou deixá-lo estar aqui até que te sintas confortável, nessa altura fazes força e vais ver que não custa...
-Oh, vai doer..
-Não vai. Confia.
Faço como dizes. Deixamo-nos ficar sem movimentos, apenas a tua mão brinca com o meu "botão", até deixar de sentir desconforto. Empino o rabo contra ti e sinto a tua cabecinha a deslizar dentro de mim.
Fecho os olhos e começo a gemer.
O resto entra naturalmente e começas um vai-vém louco...
-Isto é bom..
Sinto os teus gemidos à medida que os nossos movimentos aumentam..
-Que tesão do caralho...
Mordo a almofada, enquanto me agarras pela anca e gritas o meu nome repetidamente..
Vivo mil sensações diferentes de tudo o que alguma vez senti e ficamos estendidos, a arfar, até que ouço a tua voz de gozo:
-Sabes onde quero fazer isto para a próxima?
-No jornal?!
risos

em busca dos olhos verdes e nome composto...

Eu não tive culpa. Os senhores anónimos são os responsáveis por esta ideia. Estava eu embalada na minha prosa (romanesca) a contar os meus mais intimos segredos, quando "alguém" foi ao armário e tirou de lá o rapaz de olhos esverdeados e nome composto. E tanto insistiram nesse assunto que a vossa Muito Querida não descansou e vaí de ler a ficha técnica do JN, disponível na net, à procura de nomes compostos, até ficar míope.

Lá descobri um senhor com apelido composto (um único) e em Braga. Ah, Braga, a cidade mais puta deste país...o que eu tenho a contar sobre Braga, nem de propósito.

Mas será este senhor o tal rapaz de olhos esverdeados que em 1995 chamou a minha atenção na redacção da sede do JN?

Vá lá, ajudem-me...se for o mesmo e continuar tão interessante..pode ser que eu ainda lá vá..dançar o vira...


(suspiro)

Braga por um canudo..o que eu tenho a escrever sobre a "Amsterdão portuguesa"....

sábado, 29 de março de 2008

depois do natal..

Regressei ao porto no dia 27 de Dezembro. Acabadinha de chegar à estação de S. Bento num dos primeiros comboios da manhã vi-te de pé, à minha espera.

Desci e dirigi-me para ti. Abraçaste-me com força e escondeste a cara nos meus cabelos, enquanto as tuas mãos desciam para o meu rabo.

-Tive saudades tuas gaja...

-Também eu...

Ofereci-te os meus lábios e aceitei a tua língua.. e fomos atingidos por aquele tesão tipo choque eléctrico. As nossas mãos correram o corpo do outro..

-Foda-se, que vontade tenho de te comer..vamos praí para qualquer sítio..

-Começas? Esperamos mais um bocadinho..

-Deves ser doida.....

Agarras-me pela mão e levas-me até às casas de banho da estação, deprimentes, sujas, acanhadas..

Encostas-me aos azulejos frios, baixamos as calças, arredamos a roupa para o lado e entras em mim, com urgência..fodemos contra a parede, uma foda rápida, apertadinha, enquanto me mordes a orelha e me dizes aquelas palavras tão tuas......"ai morito, és uma foda tão boa"..

Começamos a ganir embalados pelo nosso prazer e, então, começas a pressionar o meu rabo e murmuras.."é isto que eu quero para a próxima..dás?"..

Excitada, digo que sim e sinto-te explodir num orgasmo de muita saudade. Como bom conhecedor do meu corpo, sabes o que é preciso para me fazer feliz. Levantas-me uma perna, aumentas o ritmo e aguentas-te o suficiente para me fazeres vir. Mordo-te o ombro, enquanto tudo à minha volta fica lilás..

Descansamos um bocado encostados à porta e então olhas-me, alucinado, com um brilho diferente no olhar, expectante...

-Prometeste, vais cumprir?

Digo que sim, que está bem, que depois se vê..mas sinto a tua excitação...

Passamos pela Batalha, para eu comprar brincos e depois seguimos para o jornal.

Subimos até à redacção e dirijo-me ao meu local de estágio. Cumprimento o pessoal, deixo que me beijem, que me gabem a cor mais modesta de cabelo (castanho) e ouço o editor:

-O pai natal trouxe-lhe o jogo de panelas menina?

Ocupo o meu lugar e "cai-me" trabalho nas mãos..

-A menina e o J.P (outro estagiário) vão com o--------ao Tribunal de------acompanhar o julgamento de tráfico de droga do Bairro do Cerco..

Fomos os três mais o motorista num carro do jornal, não identificado.

Ambiente desgraçado, insultos, miséria.

Gramamos o resto da manhã, almoçamos num sítio por ali perto e voltamos ao início da tarde.

Uma tarde inteira de apontamentos. Eles saíram da sala várias vezes para fumar. Eu, como não fumadora, gramei do príncipio ao fim. Resultado: às 21h30 ainda estavamos no jornal a comparar notas, numa redacção praticamente deserta, à excepção dos editores.

Tu estavas, à minha espera. Livrei-me do trabalho e fui ter contigo.

Estavas com um pau descomunal, eu, era mais fome. De comida, mesmo.

-Comes em casa morito, agora vamos passar nos carros que eu deixei uma pasta lá e faz-me falta..

-Nos carros, não inventes..que carros..tenho fome, porra.

-Também eu. O sítio onde guardam os carros da empresa, nunca foste?
(continua)

sexta-feira, 28 de março de 2008

ah cão...

Uma bela manhã o chefe mandou-me ir contigo à esquadra da PSP (ao comando) para me inteirar dos assuntos de Polícia. "Lá são recebidos pelo relações Públicas da PSP que vos informa do que aconteceu durante a noite, observe, para compreender o que nos interessa reter. Certo?"



Certíssimo. Desço contigo. Tens um carro antigo, não faço ideia qual a marca ou modelo. És sempre tu quem faz este serviço. A conversa entre nós é banal, corriqueira... "Estás a gostar de cá estar?"; "Estou"; "Sentes saudades de Lisboa?", "Sinto".



Até que, com um olhar malicioso dizes:



-Estou para te perguntar há que tempos...



-Hum?....



-Adoro esse teu cheiro...esse perfume.....qual é?



-Ah, "amarige"...



-Vou comprar para oferecer à minha mulher....adoro..

-Isso, ela vai gostar...

E então..com um ar de sacana:

-Assim, posso fazer umas brincadeiras mais safaditas e pensar em ti...

ah cão........

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Era uma antiguidade naquela casa, mas tinha um sentido de humor fabuloso. Brejeiro. Asneiras, uiii...
Um dia descobri que o ecran do computador dele, em descanso, dizia:

"toca-me..toca-me.......ui, ui.."

Achei piada e comentei com ele.

Resposta pronta e sorriso trocista:

"Então menina, até os bichinhos gostam, não me diga que a menina não tem quem lhe dê uns afagos, uns apertões, uns carinhos..oh menina, se não tem agora quando é que vai ter?"

Sentindo-me picada, respondo:

-"Pois fique a saber que isso é coisa que não me falta"

E logo ele, depois de uma troca de olhos com os restantes senhores presentes:

-Eu sei disso menina, eu sei disso..e olhe até lhe digo mais, se ainda aceita candidatos...eu ponho-me na fila....

ah cão.........

...........................................................................................................................................................................

Usava um daqueles bigodes farfalhudos que tapam o lábio superior. Piscava-me o olho e perguntava:

-Vai ao lanchinho menina?

Eu disfarçava, dizendo que costumava lanchar todos os dias e tal..

Um dia a conversa descambou para homens com e sem bigode.

Eu disse logo que não apreciava esse "apetrecho"...

O senhor em causa arregalou os olhos e atirou logo:

-Porquê menina?..olhe que isso é porque nunca experimentou, isto até tem a sua piada...

E eu , sem perceber o andamento...

-Terá, eu é que não vejo qual...

-Não está a ver?

-.........

E com uns olhinhos malandros:

-Serve para fazer cócegas, entre as pernas, às meninas...devia experimentar..

ah cão

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Era mesmo muito alto e tinha um vozeirão. Assustava-me um bocadinho.
Um dia apanhei-o no elevador. Descemos juntos. Já me tinha atirado umas bocas maliciosas, sem grandes ondas.
Nesse dia disse-me claramente: "provocas-me, sabias?". Disfarcei.

A sua estatura e os olhos penetrantes fizeram-me corar.

Sorriu:

-Há alguma coisa que não gostes em mim?

Arrisquei.

-Por acaso até há. Para começar, essa aliança que usa, ofusca-me...

-Isto querida?

Rodou o anel e tirou-o.

-Está resolvido? Já te agrado mais?

E com um olhar muito malandro, aproximou-se de mim, curvou-se e sussurrou-me ao ouvido:

-É que tu estás a ficar cada vez mais apetitosa......

ah, grande cão..

terça-feira, 25 de março de 2008

algures de joelhos, no JN...

Vésperas de Natal. Perto das seis da tarde. Pouca gente na redacção. Estou a trabalhar e vou olhando, controlando os teus movimentos, à espera de um sinal teu, até que finalmente viras-te na cadeira, olhas-me. É a minha deixa:
-oh----, vou lanchar, tá bem? Já volto...
-Está bem menina, mas não se atrase que temos trabalho...esses lanches....
Subimos os degraus da escadaria até ao bar, sempre a correr..o tempo estava a contar..sentamo-nos à mesa do costume..encostas o teu joelho ao meu e, enquanto comemos, a tua mão vai subindo pela minha perna até chegar ao fecho das minhas calças, que abres, sem pudor, como já é hábito, enquanto me olhas bem dentro dos olhos e sussurras.."ontem foi tão bom, não foi?"...
Estremeço. Ontem, no meu quarto, foi mesmo muito bom, penso, enquanto os teus dedos entram nas minhas calças, afastam a tanga e começam a dança que me deixa louca...
-Aqui não..vamos ser apanhados. Sou sempre eu a alertar para o perigo, eu, que nada tenho a perder, que daqui a dois meses vou embora. Tu devias ter cuidado, não achas? Tens bem mais a perder...
-Cala-te princesa...bora mandar uma praí numa sala qualquer?Anda lá..estou a arder, ninguém dá por nada...está pouca gente no jornal.. vive a vida morito (nunca mais ninguém me chamou morito)..
Estava toda molhada...nunca mais me esquecerei da tua loucura, irresponsabilidade, do viver o momento..
Saímos do bar e dirigimo-nos à administração. O gabinete da funcionária que tinha tirado cópias do meu B.I e contribuinte quando eu cheguei ao jornal, estava vazio e às escuras...mas era envidraçado...
-Que importa..anda, para aqui, para o chão...
Fiz o que disseste. De joelhos atrás daquela secretária enrolamo-nos em beijos e apalpões..levantaste a minha camisola e o soutien, baixaste as tuas calças e pediste-me:
-Chupa-me, anda lá...
Abocanhei-te, primeiro a cabecinha..passei a língua pela pele tão rosa, fiz pressão no buraquinho.. e depois engoli-te todo...arfaste de prazer..apertaste-me, rolaste a anca contra mim e pediste-me:
-Quero vir-me na tua boca, deixas? Anda lá..deixa, eu depois como-te à canzana, como tu gostas..
Acedi. Não podia dizer que não a uma bela canzana, ainda por cima naquele local, onde alguém podia entrar a qualquer momento.
Engoli o teu orgasmo, gozando com os teus gemidos que tentavas abafar, em vão, mordendo a manga da tua camisola.
E cumpriste a promessa. Inclinaste-me sobre a cadeira de rodas e começaste a lamber-me por trás, de joelhos, eu comecei a morder o braço da cadeira para não fazer barulho e então entraste em mim e deste-me a melhor canzana da minha vida. Enquanto me penetravas apertavas as minhas mamas com uma mão e com a outra brincavas com o meu clítoris...estava encharcada. No auge da excitação, inclinaste-te sobre mim e mordeste-me no cachaço...tão bom sentir os teus dentes e o teu sopro na minha nuca. Empinei o rabo contra ti e tive um orgasmo brutal que me obrigou a morder o apoio da cadeira, até rasgar o tecido..e então lembrei-te:
-Não podes fazer dentro..estou naqueles dias perigosos..
-Foda-se..então..para onde mando isto? Arfaste.
Levantei a cabeça e vi um grande e pesado cinzeiro de vidro. Agarrei-o.
Pegaste nele, brincaste mais um bocado e não tardaste a sair de mim rapidamente. Regaste o cinzeiro enquanto nos ríamos do estado em que ficou o apoio da cadeira. Vestimo-nos, sempre de joelhos, com risinhos abafados, e saíste à minha frente.
Uns minutos depois sentava-me no meu lugar para retomar o trabalho e ouvia o editor com um risinho sarcástico:
-O seu estágio é outro menina....
Ops...
Daí a pouco vieste dizer-me ao ouvido com o teu sotaque tão minhoto:
-Cum caralho! Esqueci-me do cinzeiro....
ops...

terça-feira, 18 de março de 2008

nos bastidores do JN

....e conhecia muitas bandas de música, partilhando até do meu gosto musical. Era um "bom papo", um "open mind" e o único editor que sempre me tratou por tu e me chamou pelo nome (em vez de menina). Também gostei muito de conhecer um certo rei mago, simpático, charmoso e "boa onda". E por ali circulei, conversei e observei os bastidores daquela redacção entre as nove da manhã, hora a que habitualmente fazia a "volta" até às oito da noite, altura em que já não aguentava mais e "fugia" ...

Andávamos a namoriscar há já algum tempo, eu passava a vida a meter o nariz em desporto para coscuvilhar contigo e havia até quem mandasse umas boquitas brejeiras, estilo "isso ainda vai dar em esfrega de quatro joelhos..". Expressão engraçada que passei a usar..

Uma manhã, andava eu a saltitar pela redacção quando me chamaram para entrevistar uns senhores de uma associação cultural qualquer do concelho. Fui esperá-los ao elevador e conduzi-os a uns gabinetes que existiam na altura, do lado direito.
Estava eu de caneta e bloco em punho a conversar com os dois homens quando bateram à porta e..ali estavas tu. Piscaste-me o olho, estendeste a mão aos senhores e ocupaste rapidamente o lugar ao meu lado. Olhei-te aturdida com a tua lata. Fomos conversando e, no final, mal eles saíram-"muito obrigado e adeus"- fechaste a porta do gabinete à chave e olhaste para mim com um olhar de sacana que nunca me vou esquecer.
Começaste a beijar-me e, à medida que os teu lábios passavam da minha boca para o meu pescoço, as tuas mãos começaram a meter-se por baixo da minha roupa..
-Pera...
-O que foi? Não queres?..Vá lá..não és virgem nenhuma..e sabes muito bem como me deixas..
-Mas aqui?
-É um lugar tão bom como outro qualquer..
Em pouco tempo estavamos enrolados nos bancos com as nossas roupas a voar por todo o lado....
-E se alguém bate à porta?
-Não abrimos....
risos
A excitação de estarmos num sítio proibido, de podermos ser apanhados a qualquer momento, tornou aquele momento numa aventura tórrida. Perdi-me nos teus braços enquanto sentia a tua tesão, arranhei-te as costas, mordi-te enquanto me comias primeiro nos bancos, eu sentada na ponta de um banco e tu de joelhos no chão. Depois, em cima da mesa, tu deitado e eu por cima,a montar-te cheia de desejo, com o corpo a escorrer suor. Comecei a gemer alto e tu tapaste-me a boca com a tua mão, que eu mordi de raiva e prazer quando me senti a arder. Mordeste-me um bico da mama até ficar vermelho e balbuciaste palavras bem nortenhas (que é escusado escrever) perdido no teu orgasmo.....
Vestimo-nos a correr, com a roupa a escorregar no corpo suado e saímos do pequeno gabinete com o ar mais natural do mundo..
Na redacção, o editor de "Grande Porto" no seu ar naturalmente dócil pediu-me a entrevista...
-Ops...

segunda-feira, 17 de março de 2008

uma aventura no jornal de notícias

Estágio final de licenciatura. Jornal de Notícias, Porto.Cheguei à cidade nos príncipios do Inverno de 1995. Fiquei instalada num quarto, na rua Alexandre Herculano. Dali ao JN, passando pela Praça da República, era um instantinho. Tinha três meses à minha frente, de trabalho e de animação.
No primeiro dia de estágio cheguei ao jornal e fui conduzida à extinta secção do "Grande Porto".
O editor, entradote, cabelos brancos, cara fechada, poucos sorrisos e menos falas, levou-me a dar uma volta pela redacção. Muita gente de meia-idade, alguma malta nova, alguns recém-chegados ao jornal. E logo o teu olhar a chispar para mim..no meio da "palpitante" secção de "Desporto".
Nunca mais me largaste. Mostraste-me o prédio. Fomos lá acima ao bar, tomamos café, conversamos e tudo começou ali. Eras minhoto, tinhas uma fala engraçada. Almoçamos e lanchamos juntos nesse dia e no outro e no outro e fomos criando raízes.
O ambiente dentro da sede do JN dava provavelmente para escrever um livro e adaptar para cinema, numa longa longa metragem..adiante. Gostei, é muito vintage. Respira-se um orgulho nortenho, tradicionalista. Pouco habituados a piercings e cabelos de cores berrantes , na altura, arregalaram os olhos quando olharam para mim à primeira e perguntaram coisas espirituosas como "morreu-lhe o gato menina?" ou "caiu-lhe uma lata de tinta na cabeça, foi?". Dias depois já brincavam comigo e, confesso, era gente muito interessante apesar da mentalidade um bocadinho...."fato e gravata", se me entendem. Os homens bem mais simpáticos que as senhoras,a bem da verdade..agora provavelmente a redacção estará renovada, na altura era tal e qual. Quando o ambiente ficava "carregado" refugiava-me em cultura ..o sr "White" era (é?) uma delícia e um cavalheiro... (continua)

quinta-feira, 13 de março de 2008

uma noite no coliseu do Porto




1994. Nick Cave tinha concertos agendados nos coliseus. Por causa dos exames falhei o concerto de Lisboa. Segui para o Porto. Coração apertado pela emoção. Roupa preta, sempre. Botas dr martens.Cabelo tingido de cor-de-laranja. Viajava sozinha, calada, ao som do último trabalho de Cave. Nunca o "Do You Love Me?" fez tanto sentido como naquela altura.

Com o fim de uma relação de longa duração havia um vazio que insistia em instalar-se. Ainda por cima ele ia lá estar, no grupo de amigos com quem eu ia assistir ao concerto nessa noite. Ah, e a namorada também..

Submersa no meu mundo alternativo, sem olhar à esquerda nem à direita, indiferente ao que se passava à minha volta, alheia a tudo e a todos..foi assim que cheguei ao Porto.

Quando nos encontramos os nossos olhos cruzaram-se e ficou tudo dito, a fogueira da nossa paixão não estava extinta..ainda resistiam brasas suficientes para atear o maior dos fogos ....

Nessa noite mergulhei nas profundezas de mim mesma conduzida pela voz do intérprete/compositor que me alucina desde a adolescência. E então fomo-nos aproximando na escuridão do Coliseu, a minha sala de espectáculos preferida.

Devagar, tocaste-me na mão, lembras-te? Acendeste em mim um rastilho de desejo perigoso, naquele ambiente carregado de erotismo os nossos corpos foram-se tocando suavemente. ..os teus lábios roçaram o meu cabelo,a minha nuca..e a tua voz soou rouca ao meu ouvido..

"vamos ao bar.."

Fomos. Mal abandonamos a sala a tua mão agarrou a minha. Conduziste-me determinado à casa de banho masculina. Entramos, indiferentes aos olhares confusos e maliciosos dos vários homens que estavam nos mictórios. Uma única casa de banho fechada. Degradada. Encostas-me à parede e as nossas mãos ganham vida própria. As nossas bocas sôfregas abrem-se para deixar entrar duas línguas que se conhecem bem. Desaperto-te as calças que caiem aos teus pés e os teu sexo salta de lá. A minha mão aperta-o e baixo-me para sentir o cheiro..este cheiro que tens quando estás excitado..sentes? Lambo-te a cabecinha, mais para te cheirar do que para te dar prazer.

Tenho o soutien no pescoço, as calças ao fundo das pernas e as tuas mãos exploram o meu sexo húmido. Coloco uma perna em cima da tampa da sanita para que me possas penetrar. Ajudo-te. Entras em mim com fúria, com tesão, com paixão. Colamos as nossas bocas e os olhos não se largam enquanto as ancas dançam, em movimentos já decorados, tão nossos. Não falamos. Gememos palavras desconexas, nuas, cruas..

Rouquejas "saudade", sussurro "paixão"..e o prazer chega..engolimos a saliva um do outro, engasgamo-nos..trincamos os lábios..

Saímos no mesmo mutismo. Sem olhar para o lado, indiferentes e dirigimo-nos ao bar..

Lembras-te?

terça-feira, 11 de março de 2008

a caminho do alentejo..

Que confusão do caralho... Tinha que fazer merda e, ainda por cima, no Jornal. Dassssse...
A verdade é que já não conseguia resistir. Era agora ou nunca mais e acho que não me perdoaria se isso acontecesse. O estranho é que sinto que algo mudou. Não sei o quê mas sinto. Tenho que pôr isto em pratos limpos...
-Sim?
-Podes chegar aqui, por favor?
-Por favor?
-Anda cá. Quero falar contigo.
-Estou a caminho.
Parecia estranha...
O que é que este quer agora? Já não basta a confusão que tenho na cabeça. Sei lá eu o que ando a fazer…este gajo é casado, pai de filhos, é meu superior…foda-se..tinha que me meter com um editor..são pouco cabrões são...vou ficar com uma fama..ainda por cima não durmo nada de noite, sempre a pensar naquela cena no monta-cargas..ai..porra, aquilo foi..eu nem sei..só de pensar dá-me logo vontade de apertar as coxas…já estou a latejar. Oh pá este gajo provoca-me reacções..eu sei lá..eu pareço uma cadela com o cio…ainda se eu pudesse mudar de editor..olha com o "velhadas" é que eu estava bem..agora ali sempre com este tipo..oh pá..eu sinceramente..não sei..eu masturbo-me ao chegar ao jornal, a meio da manhã, no intervalo de almoço..e por aí fora..isto assim não dá…tenho que ir ao médico. Noutro dia olhou-me nos olhos e chamou-me princesa e eu..parecia uma parva ali especada sem dizer nada e ele à espera..ele logo de manhã a mandar-me fazer a "volta" e eu a pensar na volta que lhe dava ao que ele tem dentro das calças..de maneira que..nem sei a quantas ando..acho que vou meter baixa por uns dias..enfim..o que será agora?

-Diz....
-Entra e fecha a porta
-...
-Estás bem?
-Porque é que não havia de estar?
-Não pareces...queria falar sobre o que se anda a passar.
-Não é a melhor altura. Se já não precisas de mim, vou-me embora.
-Falamos depois?
-Depois...
Estava estranha. Não consegui perceber como. Se calhar levei isto longe demais. Entusiasmei-me demasiado. Disse alguma coisa que não devia? Estava com uma tesão... Devem ter saído uma ou duas, mas ela também não é nenhuma criança.
No dia seguinte, foi preciso chamá-la para conversar por causa de outro assunto. Tinha outra cara mas o ambiente entre os dois continuava pesado. Depois da conversa sobre mais um artigo, um silêncio constrangedor que ele decidiu romper.
-Porque é que ontem foste embora assim?
Ela fez um compasso de espera e pôs o ar mais sacaninha possível
-Ainda tinha o lenço de papel dentro das cuecas, fui-me lavar.
-Não te ponhas com merdas. Ontem saíste daqui lixada. Queres falar do assunto?
-Tu é que querias falar de alguma coisa...
-Pois queria. Mas aqui não é o melhor sítio. Estive a pensar; Temos uma reportagem para fazer amanhã no "Convento do Espinheiro". Podias vir comigo e falávamos pelo caminho.
-O que é isso?
-Vê na net. O site é este: http://www.conventodoespinheiro.com/
Olha agora é que sim, eu a querer afastar-me e este gajo a tentar-me, a provocar-me…. são ou não são todos iguais estes homens? Vou com ele ao Alentejo..está bonito. Bem, já que é para a desgraça vou vestir a minha lingerie mais sexy..o body preto..depois do que aconteceu entre nós, eu não acredito que ele não vá tentar coisa alguma..nem que seja só uns beijos..hummm…e se eu gosto dos beijos dele..estou a ficar louca com isto..
Saíram da redacção ao final da tarde com uns apontamentos bastante precisos sobre o que o jornal pretendia para uma iniciativa nova, tipo "vá para fora cá dentro"... (Continua)

terça-feira, 4 de março de 2008

agora falo eu (continuação..)


-Então miuda? Estava a ver que nunca mais... Tens tudo pronto?
-Tenho pois. Já está a andar. Não precisas de agradecer de uma forma tão efusiva.
-Esta hoje está inspirada... anda daí. Vamos jantar com o Eduardinho que ele hoje ainda tem que ir para casa, coitadinho.
Sentaram-se para jantar no restaurante de todos os dias, hoje um pouco mais vazio por ser domingo. Ficaram frente a frente. Eduardo ficou ao lado dela. O ambiente, aparentemente descontraido enganava-o.
- Já viste? Este se hoje fosse quinta-feira já estava a perguntar onde é que iamos beber um copo. Como é domingo e tudo fechado está com o fogo no cú para se ir embora.
-Vai-te foder. Se ainda tivesses que fazer trezentos quilómetros não dizias isso.
-Pois. Gostas pouco de ficar cá, gostas...
-Eu gosto, mas não há nada como o Porto...
-Gaba-te cesto...
Ela seguia a conversa olhando para os dois, com um sorriso nos lábios.
-Vais-me dizer que não foi giro da última vez...
-Eduardo, a última noite foi das melhores que já passei no Porto!
A frase, dita com ar grave e com um sorriso sacana fê-la sentir a cara a aquecer.
-E tu, não gostaste? Tás para aí tão caladinha...
Não se diz isto a quem tem um copo de vinho na boca. O engasganço projectou-lhe vinho em cima.
-Dassse! então pá? Engasgáste-te? Tás a ver Eduardo? Pões-te para aí a dizer essas coisas... a miuda até se engasgou.
-Não me digas que já não gostas da noite do Porto... Tás a ficar mal habituada.
Completamente corada pela conversa, por tê-lo sujado todo, pela indecisão sobre ajudá-lo a limpar o vinho ou não, mas principalmente pelo olhar sacana dele à espera da resposta dela, só conseguiu fingir que se tinha apenas engasgado com o vinho. O compasso de espera serviu para responder com a calma que conseguiu reunir, juntando-lhe um olhar tão sacana quanto possível:
-Nada disso Eduardo. Eu adoro a Ribeira. Desta vez foi especial.
-Então?
-Já não ia lá há imenso tempo, tinha saudades de tudo...
Enquanto a conversa entre os dois ia correndo, os pensamentos na minha cabeça corriam soltos.
Puta da miuda, está a provocar-me de uma maneira... Será que foi de propósito? Isto ainda vai dar merda. Que se foda. Já agora sempre quero ver onde isto vai parar. Se é para estoirar mais cedo ou mais tarde,que seja mais cedo.
Eduardo acabou o café e despediu-se. Eles ainda ficaram mais um pouco.O ambiente adensou-se mal ele saiu.
-Agora quero ver o que me vão dizer em casa. Tenho a camisa toda cagada.
-Deixa lá ver isso.
Pediu um pano ao empregado, sentou-se ao lado dele e começou a limpá-lo com um sorrisinho de cabra nos lábios, devagar, só desviando o olhar na sua direcção quando não havia mais nada a fazer.
-Pronto, já está. Agora é só deixares secar.
-Não me chegaste a dizer o que achaste da noite no Porto...
-Não foi má. Um bocadinho solitária mas eu cá me arranjei.
-A minha também.
-Porquê? Perdeste-te?
-Não me piques miuda. Não era suposto aquela cena ter acontecido.
-Tu é que me provocaste ao sacares as cuecas da mala!
-Costumas fazer aquilo a todos os que te aparecem com as tuas cuecas na mão?
-Não sejas ordinário. Pelos vistos fiz mal...
-Fizeste que foi uma maravilha. Foi pena ter sabido a pouco.
-Não ouvi ninguém bater à porta!
-Se calhar não estavas com atenção...
- ...
-Estou a brincar pá, calma. A verdade é que tive medo que desse bandeira.
-Tens que arranjar um cãozinho...
-Vamos pedir a conta?
-Trata disso enquanto vou à casa de banho.
- Não acredito nesta merda. Só a puta da conversa já me deu tesão. Vou mas é pedir ...
-Como é? Vamos?
-Bebes mais qualquer coisa ou tens o querido à espera?
-Pode ser. Ele não foge...
- Tou fodido...
-Uma coisa; Por acaso não tens nada meu...
-O quê?...
-Não te faças de parvo. Não te fica bem.
-Pensava que as podia guardar, embora já tenham perdido o aroma...
-Tens aí contigo?
-Tenho, porquê?
-Dá-mas por debaixo da mesa...
-Já me tinhas dito...
-Parvo...
Acabaste? Vamos embora.
Olhá-la a dirigir-se para a porta, reparar no rabinho redondo e empinado, pensar no que tinha perdido naquela noite, provocou-me nova erecção. Ela sabia o efeito que me provocava e gozava comigo. O curto trajecto para o Jornal foi feito em Silêncio. A tensão entre nós aumentava. O elevador que nunca mais vinha...
-É melhor irmos a pé.
-Julgas que eu tenho a tua idade ou o quê? Mal por mal, vamos no monta-cargas.
A meio do percurso, ela pressionou o botão de paragem e perante o meu olhar de expectativa...
-Tens a certeza que não mas queres dar?
-Foda-se! Pensei que era desta.
-Dá-mas cá!
-Tás com alguma fisgada. De repente deu-te para aí, desde o restaurante. Que se lixe, também isto ainda dá merda.
Tirei do bolso as cuecas que tinha "namorado" ns últimos dias e com ar solene, entreguei-lhas.
-Toma lá
Metendo-as na mala, tirou de lá outras e estendeu-mas.
-Eh lá! Por esta é que eu não esperava! Então foi isso que foste fazer à casa de banho... Grande cabra!

-Assim ficas actualizado.
O olhar e a atitude dela deixaram-me desarmado por instantes. Ela olhava-me nos olhos, segurando a tanguinha minuscula entre dois dedos trémulos. Nervosamente largou-as antes do tempo e elas cairam ao chão. Baixei-me para as apanhar. Quase demos uma cabeçada. Ela levantou-se rapidamente.
-Tás a brincar comigo, agora vou eu brincar. Só espero que não apareça ninguém, dassse!
De cócoras, agarrei-as e levei-as à cara. Absorvi o aroma libertado pelo tecido. Ela estava com tesão quando as tirou. A humidade e o cheiro a fêmea deixaram-me com o pau completamente teso. Agarrei-lhe as pernas à altura dos joelhos. Perante a surpresa dela disse-lhe:
-Vamos ver se são mesmo tuas... Vai um portinho?
Foi a vez dela perder o sorriso quando comecei a beijar-lhe as pernas enquanto as minhas mãos subiam pela saia acima.
-Tá quieta!
As minhas mãos agarraram-lhe nas nádegas, levantando a saia. À frente dos meus olhos, um pequeno triângulo aparadinho chamava por mim. Beijei-o, cada vez com mais intensidade. Ela começou a tentar mexer-se, o que me fez cravar-lhe os dedos nas nádegas e pressioná-la contra a minha cara, enquanto enfiava a lingua pelo meio das pernas fechadas, que ela tentava abrir. O aroma a tesão era o mesmo, o sabor punha-me maluco. Só me apetecia enfiar a lingua naquela cona e mamá-la toda. Ia só fazê-la sofrer mais um pouco. Também já não aguentava mais. Queria-a escancarada à minha frente.
-Hoje quem te mama sou eu! Vais-te vir que nem uma puta aqui no monta-cargas que é para não me dares baile.
-Menos conversa e mais acção...
Olha que puta que esta gaja me saiu...
-Eu já te dou a acção...
Ainda de joelhos puxei-lhe uma perna para cima do meu ombro ficando imediatamente com aquela coninha maravilhosa escancarada mesmo à minha frente, com o grelo completamente de fora, rosadinho, húmido, a chamar por mim. Chupei-o, dei-lhe um tratamento de lingua como se o mundo fosse acabar daí a pouco. Ela sentia cada vez mais a minha lingua a pegar fogo a todo o seu corpo. Os espasmos sucediam-se.
A sensação de estar no monta-cargas do jornal com o chefe, literalmente, a comer-lhe a cona estava a pô-la louca.
Ele levantou-se sem lhe largar a perna, desapertou as calças e penetrou-a de uma estocada ao mesmo tempo que a olhava nos olhos com ar de sacana.
-Era isto que tu querias miuda? Gostas de o ter todo entalado?
Que espectáculo!! Esta gaja é uma loucura. Estou-me quase a vir...
De novo sentiu aquela dorzinha boa, fininha, e veio-se que nem um louco ao mesmo tempo que ela que já não aguentava mais aquele caralho a subir por si acima.
Ficaram um bocado encostados à parede do monta-cargas, a arfar. Ela tirou as cuecas que ele lhe tinha dado e vestiu-as, pondo lá dentro um lenço de papel.
Puseram o monta-cargas a andar novamente e dirigiram-se para a redacção em silêncio
.
nota: tal como no primeito texto "agora falo eu" a acção, o cenário, a linguagem e o texto são da autoria de um amigo que interpretou o meu "querido editor".

domingo, 2 de março de 2008

agora falo eu..

nota: para quem já não se lembra ou acabou de chegar é conveniente ler os textos " porto sentido" e "desabafos de um editor"..

Preciso de um cigarro... Ando a passar-me com esta merda de não se poder fumar na redacção. Exactamente quando e onde faz falta. Puta que pariu o gajo que se lembrou de fazer esta merda desta lei! Se aqui toda a gente fuma, qual é o problema?! Dasssse...Ainda por cima, vem agora esta merda lixar-me o resto do dia. Para ajudar, tenho isto ás moscas...

Mete a mão na gaveta da secretária e retira de lá um maço vazio que atira para o caixote do lixo. Enfia a mão até ao fundo da gaveta à procura de um último cigarro perdido, e de repente, algo na sua expressão muda enquanto olha à volta, observando a azáfama que o rodeia. Os poucos "entalados" neste domingo andavam numa fona.

Cada vez estou pior. Como é que ainda não me livrei desta merda? E se fosse alguém que cá viesse e ficasse com umas cuecas na mão? A verdade é que não consigo. De cada vez que me lembro de o fazer não tenho coragem. Ando a ficar passado com isto. De cada vez que penso nela, só me lembro da cena no corredor do hotel. Olho para aquela boquinha e só penso naquela mamada maravilhosa. Foda-se, nunca me tinha vindo tão depressa... O que é que me deu nos cornos para depois não ir ter com ela? Tenho que ir buscar tabaco... foda-se.

À medida que ia abrindo o maço amadurecia a ideia. Sentia falta dela e esta reportagem era uma razão tão boa como outra qualquer para reclamar a sua presença. A redacção sem ela já não era a mesma coisa. Já que hoje era até ás tantas...pegou no telefone.

-Tou? Olá miuda. Tás ocupada?
...
Eu sei que é domingo, é o teu dia de descanso, mas houve uma merda grave e eu preciso de ti lá.
...
-Veste qualquer coisa porra! Não vais para nenhuma festa...
...
-Vá despacha-te que já te digo mais qualquer coisa... Não. Vais lá direitinha e depois passas por cá. Mas rápido se fazes favor.
...
-Já te ligam a dar o resto. Despacha-te... Obrigado. Não te demores.

Dirigiu-se para a varanda para finalmente fumar o tal do cigarro. Depois de verificar que ninguém o estava a ver, tirou o pequenissimo pedaço de tecido preto, rendado e mais uma vez, num ritual que se estava a tornar hábito nos últimos dias, levou-o à cara. O odor que o impregnara e que o drogava esbatera-se quase na totalidade, à medida que ia sendo substituido pelo das suas mãos. No entanto a sua posse trazia-lhe de uma forma recorrente a recordação da noite no Porto. Para ele era como se ela as tivesse acabado de tirar. Recordava com se tinha vindo como um louco na casa de banho do bar, recordava o olhar de putinha quando lhas mostrara, a tesão que lhe transmitira, o belissimo par de mamas que ostentava, exactamente do tamanho da sua mão, os mamilos tesos. Na realidade, tudo o que se passara naquela noite fazia-o sentir-se vivo como já quase não se lembrava.
Não conseguia tirar da cabeça a atitude irreverente dela. Se calhar foi isso que o pôs doido e o fez vir daquela maneira. O olhar de sacana que ela lhe fez enquanto o engolia, fazendo rodar a lingua à volta da cabeça, pondo-o fora de sí até que se viera de uma maneira como já não se lembrava de o fazer. Recordava os espasmos na base da coluna, o leite a subir pelo caralho e a derramar-se completamente na boca dela. Nunca na vida iria esquecer esse momento. O resto... a forma como se recriminava por não ter ido ter com ela ao quarto, o medo do que esta situação poderia significar na sua vida, parecia-lhe agora uma pobre desculpa para, uma vez mais, fugir da vida que tendia a afastá-lo irremediavelmente do rumo que tinha traçado para sí. Não gostava da sensação de impotência que isso lhe provocava. Também não gostava da maneira como se enganava a si próprio, tentando convencer-se que vivia com a mulher da sua vida, quando para ele, ela era neste momento a mãe dos seus filhos, a sua colega de quarto. Tudo isto girava à volta da sua cabeça quando ouviu uma voz conhecida.


-Olha quem ele é! Pensei que andasses a passear as criancinhas!

-Vai pó caralho! Este é dos que acham que só no Porto é que se trabalha... fizeste boa viagem?

- Passei mesmo a tempo. Parece que houve uma palhaça do caralho já aqui perto de Lisboa. Vamos mas é despachar que eu quero pôr-me nas putas que ainda tenho que ir para cima.

O resto de tarde passou-se rapidamente. A reunião com o colega do Porto foi curta mas proveitosa. Tudo o que, graças ao acidente, tinha tido que ser alterado estava em preparação, esperando apenas o material que ela iria trazer. Aproveitaram para ir jantar rapidamente.

-Querem lá ver que pelo menos não dá direito a um jantarinho?
A voz dela atrás de sí provocou-lhe um arrepio na nuca....(continua..)



nota: atendendo a várias reclamações decidimos dividir o texto em dois para tornar a leitura mais fácil.Toda a cena foi imaginada e escrita por um amigo que interpretou o meu "querido editor"..

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

o mundo erótico de Miller

"Sentei-me no banco tosco e Mara sentou-se no meu colo.Levava o vestido de algodão suíço, às bolas, de que eu tanto gostava. Por baixo, nem um fio. Levantou-se um momento, ergueu o vestido e escarranchou-se-me nas pernas. Foi uma foda apertadinha maravilhosa. Quando acabou, ficámos um bocado sem nos desengatarmos, a comer silenciosamente os lábios e as orelhas um do outro.
Depois levantámo-nos e lavámo-nos à beira do lago, com os lenços. Estava a enxugar a gaita com a fralda da camisa quando Mara me agarrou, de súbito, no braço, e apontou qualquer coisa que se mexia atrás de um arbusto.
....Quanto mais se fode, mais se quer foder e melhor se fode!
.....Ajoelhou-se, impulsivamente, e meteu-a na boca. Passei-lhe os dedos pelo cabelo, agarrei-lhe nas mamas, demorando-me mais nos bicos, até ficarem erectos. Entretanto, ela abrira a boca e lambia-me a picha como se fosse um chupa-chupa.
Levantei-a, virei-a como a um boneco, coloquei-lhe as mãos na borda da banheira e levantei-lhe o traseiro só um nadinha.
-Vamos fazer assim, para variar-murmurei, sem enfiar imediatamente a gaita, limitando-me a esfregar-lha pela rata acima e abaixo, por trás.
-Não te vens, pois não?-perguntou-me, suplicante, ao mesmo tempo que torcia o pescoço e me lançava um olhar louco e implorativo, através do espelho do lavatório.
-Estou escancarada....
Aquele escancarada despertou toda a minha luxúria. Grande cadela, pensei para comigo, é isso mesmo que eu quero. Vou mijar no teu útero palaciano!
-Mete, mete!-suplicou, a babar-se, esfregando-se toda na minha gaita-oh meu Deus, venho-me...não me posso conter mais...e sacudida por um orgasmo, comprimiu a rata contra mim com tal fúria, tal abandono, que parecia um animal enlouquecido.
Tirei-me dela sem me vir, com o instrumento húmido, reluzente e teso como uma vareta de ferro....."
"sexus"
henry miller

domingo, 24 de fevereiro de 2008

e porque hoje é domingo..

"Foder por prazer é um jogo difícil, perigoso. Especialmente para as mulheres, cujos corpos estão especificamente concebidos para as enredarem em ligações permanentes".

Emily Maguire
"Morde-me"

desabafos de um editor...

Domingo à tarde. Redacção a meio gás. Cá estou eu, mais uma vez com a edição entre mãos. Sem ti. Ontem passaste por cá, tinhas que acrescentar uns números na reportagem que estamos a preparar para as centrais de quarta-feira. Estavas com um ar feliz. Brincaste comigo...querido editor, achas que está bem?...Chamei-te princesa, atirei-te um beijo, desejei-te bom fim de semana...e tentei afastar o pensamento do teu corpo perdido nos braços do rapazolas que tens lá em casa.
Hoje a nostalgia escorre pelas paredes deste jornal. Sinto-me tão solitário aqui sem ti. Foda-se! Achas que esta merda é fácil? Decidir qual história vou meter? Aguentar a pressão da chefia que nunca está contente..os problemas que surgem(tantos, tantos), o stress, as horas que aqui estou enfiado, torturado pelo computador e pelos telefones? A falta que tu me fazes, o sal que tu és para mim, o teu riso, o teu cheiro, o gosto e a tusa de espiar o teu corpo pelo canto do olho?
Tu fazes-me sentir vivo caralho! Ao teu lado respiro em golfadas e parece que não há ar no mundo que chegue para me acalmar, para me manter vivo. Perto de ti sou tarzan, homem aranha..sou napoleão.. capaz de tudo, sem medo a nada.
Quando estou contigo as prestações da vivenda, da carrinha, da moto..as contas do colégio dos miúdos, da mulher-a-dias, da piscina, do ginásio, das aulas de karaté dos garotos, os cartões de crédito, as férias na neve, o portátil para o mais velho, o cão de raça para a família, a forma caústica como a minha mulher me olha quando entro em casa tarde da noite depois de um dia duro de trabalho, o desamor, a indiferença, tudo...mas tudo, deixa de ter importância..
Mas pensas que é assim? Que é só virar as costas a tudo e mais nada?
Não minha querida, não, eu tenho responsabilidades. família, filhos. Ah, não havia nada que me desse mais prazer que viajar contigo de mochila às costas para um lugar bem longe daqui. Dividir o saca-cama contigo, partilhar gelados ao pôr-do-sol, passar noites a explorar o teu corpo, a sentir-te com a língua, com os dedos, com o meu corpo que tanto te deseja!
Entendes que basta seduzir-me com um olhar demorado, com o teu sorriso bonito?
Não imaginas como fiquei quando fomos ao Porto e encontrei no teu saco..a tua tanga!!
Passei uma noite de cão, com um pau tremendo que esgalhei como um louco na casa de banho de um bar qualquer na ribeira enquanto sentia o teu cheiro de fêmea no pedaço de tecido que guardei toda a noite no bolso do casaco..senti-me completamente inebriado, trôpego, embriagado de vinho tinto maduro e de liberdade...e o que aconteceu depois no hotel? O nosso primeiro beijo..e tu..de joelhos..meu Deus foi tão diferente do que eu tinha imaginado de todas as vezes que delirei a pensar em ti, em como estava a comer-te em todas as posições, enquanto a minha mão mexia freneticamente dentro dos meus boxers...a tua boca no meu pau..não, não quero lembrar-me disso.
Mas eu tenho compromissos, entendes? Uma posição a defender, compreendes? Não posso, desculpa mas não posso..
Foda-se um acidente com mortos a esta hora? Pois..temos que mexer no jornal. Ok, altera-se a abertura..
Pronto, não chego a casa antes da meia-noite!
Puta que pariu!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

minha querida..

Querida:
Lembro-me perfeitamente do dia que chegaste à redacção como estagiária. Nervosa, com um ar atrapalhado, tímida.Trazias umas calças de ganga muito justas e uma túnica de um verde psicadélico que te dava um encanto muito especial. Magra. Cabelos acobreados pelos ombros e olhos castanhos muito doces. Senti-me imediatamente atraído por ti.
Recordo-me do teu ar jovem e do teu cheiro tão feminino. Inebriaste-me os sentidos desde o primeiro momento. Mas foi aos poucos, com o convívio, que eu comecei a ficar enredado, fascinado pela tua personalidade. Habituei-me às tuas gargalhadas e ao sorriso fácil."Sorrisinhos" é como te chamamos.
Depois, três meses mais tarde, a tua garra levou-me a dizer à chefia que tu fazias falta ao jornal.
E foi num dia abafado de Agosto que tivemos a certeza que ficavas connosco. Nesse final de tarde combinamos beber uma cerveja para celebrar, juntamente com o resto do pessoal da secção e mais uns quantos que partilhavam da nossa boa disposição.
Como homem nunca esquecerei esse momento. Estavamos em amena cavaqueira entre cervejas e pires de caracóis e, então, fixei em ti o olhar. Tinhas uma mini-saia que te deixava à mostra as pernas bronzeadas e um top preto sem costas, de atar atrás do pescoço. Enquanto apreciava o teu corpo magro, o jeito como falas, como afastas o cabelo da boca, como o prendes atrás da orelha, fui sentido uma tesão que há muito, mas mesmo muito, não sentia. Tinha a palma das mãos a transpirar e não dava mais para esconder a minha excitação. Levantei-me, abandonei o grupo e meti-me na casa de banho.
Encostei a cabeça aos azulejos frios numa tentativa de apaziaguar o meu calor. Fechei os olhos e pensei em ti. Imaginei que estavas ali, de repente, diante de mim, com o teu sorriso. Abri a minha braguilha e comecei a tocar-me febrilmente. Estás aqui. Sinto-te. Aperto-te nos meus braços, as minhas mãos trepam pela tua saia, tiro-a. Agora o top. Fora. O soutien..... Ah, o teu peito..é tal e qual como eu pensava, cabe na minha mão..é tão delicado..a minha língua corre pelos teus mamilos. Ouço-te gemer, aperto-te, beijo-te demoradamente saboreando a tua boca pequena, a tua língua... procuro-te o segredo ....sinto-te tão molhada. Introduzo um dedo..vou tacteando dentro de ti, sentindo a tua maciez...a tua vagina tão apertada. Meto dois dedos, enquanto o polegar brinca com o teu clítoris. Sei que não podes aguentar muito mais. Sinto os teus líquidos a escorrer pelos meus dedos, pelo meu pulso. Não aguento, tenho que conhecer o teu sabor. Ajoelho-me e provo-te. És muito saborosa, mordo-te ligeiramente...e vou subindo pelo tua barriga até ao teu peito. Estás nua, rendida, encostada à parede. Baixo a tampa da sanita e puxo-te para mim. Sento-te encalitada em cima das minhas coxas e entro em ti...sinto-te o cheiro e a excitação. Apertas-me o pescoço e procuras os meu lábios. Chupo-te a boca como se fosses um figo maduro que se come de uma vez só enquanto vamos aumentando o ritmo...
Dirijo o meu dedo para o teu rabo e vou pressionando em círculos, os teus gemidos aumentam e sinto o teu orgasmo forte. Os teus líquidos escorrem para as minhas coxas..observo-te..de cabeça atirada para trás e boca aberta...um fio de saliva escorre-te pelo queixo e eu lambo-o...e venho-me dentro de ti em vagas sucessivas....
Lavo as mãos e saio para a rua. Sinto-me tonto, esgotado de desejo.
Sei que é o início de uma longa jornada que vamos percorrer juntos...