quinta-feira, 24 de abril de 2008

hoje apetece-me..




Hoje saí para a rua e senti na pele o sol deste dia maravilhoso. Vou a pé para o jornal. Tenho tempo. E a luz única de Lisboa merece toda a minha contemplação.


O telémovel no meu saco desvia-me a atenção.

Olha quem ela é...


Eu:-Então, que tal vai isso amiga?


Ela:-Isso pergunto eu miguita, ontem estiveste ausente, não apareceste no msn..

Eu:-Pois não querida, reportagem...

Ela.-Andei no Palavras, só tu para misturares Sex Pistols com Miguel Torga..

Risos...


Sento-me na pastelaria do costume. Faço o meu pedido. Passo a língua pelos lábios e desabafo:


Eu:-Hoje o que mais me apetecia era um broche..


Ela:-xiiii..não me fales dessas coisas logo de manhã..

Eu: -A sério...apetecia-me encostá-lo à parede...beijá-lo enquanto meto as minhas maõzinhas malandras por baixo da camisola..passar a língua pelo peito dele bem devagar e ir descendo...hummmmmm......
Ela:-Gaja..tu hoje estás doida..mas a quem..ao tal? Xiiiii...


Eu.-Claro...a sério..ir descendo devagar..sempre a olhá-lo bem dentro dos olhos..libertar o animal..

Ela:-Sentir o cheiro de tesão...é o que eu mais gosto..o cheiro deixa-me doida..


Eu:-Isso...e sentir o pau a crescer na mão..adoro, quando a cabecinha espreita...hummmmm..dar-lhe umas lambidelas tipo chupa-chupa....

Ela:-E começar a a abocanhá-lo devagarinho....aiiii..


Eu:-Isso isso..e soprar-lhe..depois enfiar-lhe a língua no buraquinho e abocanhar.. abocanhar..sempre de joelhos..mas sem perder o contacto visual..brincar com as bolinhas....


Ela:-Hummm..sabes que estou a sentir o sabor desse broche?

Eu:-Vê-lo a contorcer-se de prazer e saborear cada gotinha do seu orgasmo, sem desviar os meus olhos dos dele..


Ela:-.......................

Risos...

Pago, saio e, enquanto caminho pelas ruas, recordo-me de uma cena parecida que aconteceu lá no Porto, no JN.

Sei, por isso, que hoje vai ser um bom dia, à semelhança desse dia longínquo e de chuva...tão entesoado...lá na invicta..


quinta-feira, 17 de abril de 2008

my away



"Violenta o silêncio conformado. Cessa com outra luz, a luz do dia.

Desassossega o mundo sossegado. Ensina a cada alma a sua rebeldia!..."

(Miguel Torga)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

para o armário...já!

E pronto, depois de muito pensar resolvi tomar esta atitude. Vou arregaçar as mangas e chamar esse menino que anda por aí à solta e que me tem dado tanto trabalho..
oh pssst, se faz favor, sim, tu, rapaz de olhos verdes e nome composto. Quem julgas que és? Apanhaste uma nesga da porta das memórias aberta e ala morena..e agora andas por aí, rei e senhor da minha imaginação..como se não bastasse tens uns camaradas que me escrevem a deitar lenha para a fogueira: "Não tem olhos verdes, mas sim castanhos, nunca trabalhou na sede mas tão só nas delegações...nananana...blábláblá".
Mas quem manda afinal nas minhas memórias?
Eu. Tem olhos verdes (porque é assim que eu me recordo dele), é alto (ou mingou ?) e tem um belo e estranho nome composto (graças a Deus ainda ninguém o negou) e ponto final.
Mas agora meu querido, está na hora de voltar para o baú das recordações..ala..
O quê?? Não voltas?
Impertinente
Ora lá está o tal mau feitio..o quê? Tem outro nome? Como? Personalidade...?!!
Toma lá que é para não falares com meros fantasmas...como? Diz lá mais alto..
-Faço parte da espuma das ondas da tua vida, sou aquela marca que fica na areia quando a água recua e volta para o mar..
Interessante.........
Enfim, volta para o teu lugar. Sim, para o armário das memórias..anda..já! É escuro? Pois..mas é lá o teu lugar..volta aqui..não fujas..não é por aí..não sejas impertinente, não tens opção..cuidado, essa porta é a do..coração!!!
Só eu é que decido quem entra aí.. fantasma usurpador..o quê? É quentinho, gostas do tic-tac?
Pronto, está bem, deixa-te estar...recordação simpática..mas adormecido..isso..recua lá bem para o fundo..pode ser aí mesmo, nesse cantinho escondido..
Ufa! De vez em quando temos de arrumar as nossas memórias...não é?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"nunca aceites menos.."

Foi a única mulher naquela redacção de quem eu gostei verdadeiramente e de quem poderia ter sido muito amiga, mesmo no mundo real como eu gostava de dizer, ou seja, lá fora, num contexto diferente.
Tinha muitas irmãs e falou-me de cada uma pormenorizadamente. Era uma mulher quarentona, charmosa e com um "jogo de cintura" que impressionava.Rainha absoluta entre homens. Fazia de conta que não entendia algumas bocas mais maliciosas da secção masculina ou alguns "recados" do editor para depois, mais tarde, desabafar comigo "ai ,este homem, que feitio de cão". De dedo em riste, depois de muito apregoar, dizia em modos de conselho: "Enfim, não te esqueças, se conseguires trabalhar com ele, trabalhas com qualquer pessoa". Certíssimo. Ainda hoje me lembro "dele", quando me aparece à frente alguém mais complicado e...quem vier..morre!
Recordo-me dos passos dela quando chegava, a forma como despia o casaco e o colocava nas costas da cadeira, a maneira displicente (mas não vaidosa) como cumprimentava o pessoal e a forma como eles a olhavam. Era óbvio que a presença dela agradava.
Por vezes, em certos finais de tarde, ela "brincava" um bocadinho com o pessoal, ou seja, dava um bocadinho de corda, entrava na conversa, gracejava, criava um bom ambiente e, depois, de forma subtil, com muita classe, informava que estava na hora de ir embora e..eles "morriam" na praia....
Levantava-se, vestia o casaco e piscava-me o olho disfarçadamente.
Eu ficava boquiaberta, olhava para ela como se fosse uma diva (para mim era, sem dúvida)porque a forma como ela transformava aqueles tubarões (os homens mais velhos) em pombinhos ...era uma façanha que escapava ao meu entendimento, na altura..
Foi ela que protagonizou um dos momentos mais marcantes, com uma carga de tal forma erótica que, se não fosse a banalidade do local e das circunstâncias, eu diria que ela era uma femme fatale.
Ela estava a terminar o texto, sentada muito direita, a escrever com os braços muito juntos, sem perder a postura. Nesse final de tarde, vésperas de Natal, eu estava sentada no lugar do rapaz de olhos verdes, que não se encontrava- "ele não vem sempre, pode usar esse lugar quando ele não estiver" -tinham-me dito à chegada.
Procurou-me com o olhar, sorriu-me e perguntou-me o de costume: "Filhota, vais voltar com outra cor no cabelo, não vais?" e depois, em voz alta: "Terminei, vou-me embora. Vou dar-vos um beijinho..."
E pronto, foi aí. Eu sei que foi esse o momento em que algo mudou. Era palpável a transformação. Aqueles homens de língua afiada e resposta mordaz ficaram alterados. Algo parou naquele momento, naquele local. E logo a voz dela a proferir a frase fatal:
-Mas nada de mãozinhas...
E eles de olhos a brilhar, muito quietos, expectantes, lembravam crianças à espera de um doce que só se recebe em ocasiões especiais. Receberam os dois beijos "de bom Natal"que ela lhes depositou na face como se fosse algo "muito especial"...
Ela era especial...
Um dia perguntou-me ao ouvido: "Sabes para que servem os homens?".
-Sexo?!!, perguntei com ar irónico.
Riu-se.
-Isso é muito pouco..os homens servem para nos fazer felizes. Nunca aceites menos do que isso..
Querida "miss rivers":
Eu nunca aceito menos, nunca.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

a promessa..

"Nunca te esquecerei querida".

"Prometes mesmo, para todo
o sempre,

amén?"


"Prometo, mesmo que não cumpra.."

domingo, 6 de abril de 2008

acerca do tal Pulitzer...

Ao contrário do que já foi dito algures entre os comentários, este blog não pretende receber qualquer tipo de prémio e a prova é que o palavras foi premiado por dois amigos bloguistas : Afectado e D.Sebastião. Agradecemos a cortesia mas não publicamos e vocês que nos conhecem sabem bem porquê.

O "Palavras Quentes" é um espaço de partilha de experiências e troca de opiniões. Sem qualquer outra pretensão.

Beijos e bom domingo

Vossa "Muito Querida"

quinta-feira, 3 de abril de 2008

especialidade da casa...nas relações públicas..

Lá nos aguentámos como foi possível até àquela hora da "cigarra" em que já muita gente foi embora mas ainda há gente a trabalhar num compasso de grande concentração. É a nossa hora.
Eu saio primeiro e espero-te perto dos elevadores. Finalmente apareces com o teu olhar brilhante de desejo. Não há nada mais entesador do que estas fodas ao príncipio da noite, dentro deste prédio. Lá nos dirigimos à zona das R.P, deserta, escura...."naaaa...essa parte já são arrumos" dizes."São nada, olha ali o tal cotovelo".
Mal entrámos, encostas-me à parede. Ofereço-te a minha boca e sinto as tuas mãos no meu corpo, devagar. Percorro o teu corpo que conheço tão bem, as minhas mãos escorregam por baixo da tua camisola e ajudo-te a tirá-la. Começo a passar a minha língua pelo teu peito, devagar, gozando com os teus gemidos. Trinco-te um mamilo e desço até ao teu umbigo, rodeio-o e entro lá fazendo pressão. Gemes e a tua mão desaparece por entre as minhas pernas, passas o dedo médio devagarinho pelo meu sexo sumarento e prendes o meu clítoris entre os teus dedos. Estremeço de gozo. Sei o que se segue.
Deitas-me sobre a pequena mesa redonda, a minha saia sobe até ao meu peito e fico assim exposta. O meu cheiro de fêmea deu-te uma tesão que o pau te doeu dentro das calças.

"não sei se me aguento"arfaste


Mordeste-me os joelhos e começaste a subir com a lingua pelas minhas pernas acima. Estavam arrepiadas.


Subiste com a lingua pela parte interior da perna. Quando estavas quase a chegar lá, passaste ao lado e foste passear para a outra. A minha respiração disparou. Sopraste um pouco de ar quente para a minha vulva inchada. Gani. Procurei em redor algo para trincar, encontrei uma régua. Mordi-a.

Passaste a lingua ao longo das virilhas, uma e depois outra. Comecei a arquear a anca contra ti, a implorar-te. E então a tua língua começou a saborear-me, devagarinho. Chegaste ao meu "segredo" e começaste a trabalhá-lo. Comecei a gemer de prazer e apertei-te com força entre as minhas coxas.

Pediste que te libertasse.

-Tenho que o tirar, estou a ferver...

Deixaste cair as calças, baixaste os boxers e o teu sexo saltou, inchado, com veias dilatadas..



Voltaste à carga. Rodeaste-o com a ponta da lingua, começas a fazer cada vez mais pressão...os meus gemidos vão ficando cada vez mais descontrolados....
"anda, não me tortures mais" imploro-te..
Viras-me de barriga sobre a mesa e entras em mim, com tal intensidade que o tampo da pequena mesa, solto, começa a bater ao sabor das tuas investidas.
Vamos para o chão, fico de quatro, apoiada sobre as minhas mãos e joelhos e aguento o teu peso e a tua loucura. Mordes-me com força o ombro, engasgaste, começas a tossir...sinto as contracções que vêm lá bem do fundo quando começas a jorrar dentro de mim...
Empino o rabo e peço "só mais um bocadinho". Tu dás.
No fim, afagaste-me o cabelo e suspiraste:
-Estou esgotado morito...
Lembras-te querido?..Bons tempos, grande tesão..

"especialidade da casa".. a provocação..

A Susana tinha arranjado um quarto no Marquês e estava com pressa de ir embora.


"A gente vê-se por aqui.."..

Mal ela saiu atirei-te a mão à "salada", enfiei-te a língua no ouvido e murmurei..."sabes, a zona das relações públicas é tão calma e o gabinete onde ela está, então, é tão pequeninho e recatado, faz um género de uma curva...". Senti-te logo a perder espaço nas calças. Abraçaste-me, já com tesão no olhar, as tuas mãos no meu rabo.."pois é para lá mesmo que vamos, logo, desde sábado que não te como..ah..princesa..aquela cena de Braga não é para repetir..nada de meter outras gajas ao barulho e...coca, então, nem pensar. Combinado?"

Começámos nos maiores melos e "esfreganço". Meto um dedo por entre os botões das tuas calças e esfrego-te o sexo ligeiramente. Provoco-te: "Parece que queres exclusividade". Provocas-me:"Por acaso, mas agora o que mais quero é dar-te a especialidade da casa". E viras-me as costas, entrando na redacção, sem olhar para trás.

Fiquei ali, absolutamente dorida de tanta desejo, encharcada, com o sexo a latejar. A especialidade da casa, não há nada melhor que isso. Não há nada que tu faças melhor..

Já não consegui estar quieta. Fui ajudar a "miss orange" com a reportagem das lampreias e, então, lembrei-me de mais uma provocação. Fui à casa de banho, tirei a tanga, amassei-a até passar despercebida na minha mão fechada e dirigi-me a desporto. Atirei-a disfarçadamente para o teu colo e disse-te ao ouvido:

-Quando puderes cheira essa cena para veres em que estado eu estou, cão...
Agarraste-me um braço, puxaste-me para ti e sussurraste-me, entre dentes:
-ah, cabra...
Dirigi-me para o meu lugar, devagar, muito direita, com a cara a arder...
tenho que ter cuidado, não tenho tanga e estou de saia...
Sentei-me muito direita e olhei-te disfarçadamente..os teus olhos chispavam de desejo..
coitado de ti, lá te aguentaste como pudeste..
lembras-te querido?
que tesão.....

nas relações públicas...

Regressámos de Braga, ressacados, moídos, mas felizes.


Na segunda-feira, no jornal, estalou um bate-papo desagradadável entre "miss orange" e "miss river". O nosso "velho" teve que mandar dois murros na mesa para acalmar os ânimos. Como o ambiente estava deveras desagradável no grande porto refugiei-me em cultura, que nessa altura estava mesmo ali ao lado, e por lá fiquei em alegre cavaqueira com "mr white"(que saudades) que me deu um trabalho para fazer, uma peça sobre um concerto na "cave das químicas", em Coimbra. Confidenciei com o "rei mago" alguns pormenores sobre o fim-de-semana em Braga e , então, apareceu o nosso "freak",que na altura era colaborador em desporto. " Este sábado no batô há uma noite especial, vocês não querem ir?". Eu disse logo que sim, mas tu ias estar de serviço, tinhas jogo...


À tarde fui com "miss orange" fazer reportagem sobre "a venda das lampreias", peixe da época. Fomos a alguns restaurantes mais conhecidos pela confecção daquele ciclóstomo (nunca tinha visto nada do género). À saída do jornal tropeçámos no tal rapaz alto, de olhos claros. Observei-o com atenção e ela percebeu o meu interesse.


-É qualquer coisa não é?


-Podes crer, é um bom naco, eu já tinha reparado nele. Tem é um nome bué estranho, qualquer coisa do chão...

Ela riu-se. E disse o apelido.

-Ou isso..


-Mas tem mau feitio..

-Ora, dava-se um jeito...

Seguimos embrulhadas em conversa de mulheres. Ela namorava, na altura, com uma rapaz de desporto que passava a vida a reclamar de tudo e andava sempre "ocupado" com o carro novo, a polir e a tratar a carroçaria (um dia encostei-me ao carro e ele logo, aos berros: eh pá cuidado)...

Passámos a tarde fora e ao chegar à redacção ainda fomos desfiar umas contas de Rosário, quando ouço chamar por mim:

-Oh menina, anda aí uma estagiária nova que diz ter estudado consigo. Sabe quem é? Ela veio aqui atrás de si. Está nas Relações Públicas.
Lá fui a correr às Relações Públicas.
-Susana, não acredito.
Era uma colega lá da "Nova". Mostrou-me o gabinete onde ia estagiar, num sítio do jornal que eu ainda não tinha estado e logo "estalou" uma ideia na minha mente perversa.
Fomos lanchar os três e apresentei-te como meu..ah...namorado.


(continua..olálá, se continua...)

quarta-feira, 2 de abril de 2008

é gozo ou mera brincadeira?

Estou absolutamente pasmada com a admiração provocada pelos textos que falam de sexo no JN. É que não entendo o que faz tanta confusão, até já mereci destaque no BOLA NA ÁREA... o que só tenho que agradecer e, claro que vou lá escrever um comentário quente..
Tenho recebido vários comentários de pessoas que querem que eu diga que é mentira, não posso: é verdade. Até nem entendo qual é o problema dessas pessoas, o meu "lindo minhoto" já lá não está...
Ora vamos lá a ver, o post "algures de joelhos no JN" é absolutamente verdadeiro mas aconteceu quando esta vossa "Muito Querida" tinha 22 anos...ou seja, hoje JAMAIS o faria, naquela altura foi tão natural, apesar da consciência do perigo..
Mas vocês julgam o quê?
Que os administradores, médicos, advogados, professores, jornalistas e afins "desatarracham" o sexo antes de ir para o trabalho, é? Só o pessoal das obras é que tem autorização de "carregar" com ele o dia todo?
Já estou mesmo a ver a cena:
chega a mulher a casa afoita e grita ao marido:
-Querido, viste por aí a minha síndrome pré-menstrual?
-Está na terceira gaveta da cómoda..já agora..não sei onde deixei a pila..ah, estava em cima do armário..junto com as tuas hormonas saltitantes...
ah....já me sinto inteiro outra vez, começo a ver-te com outros olhos..chega-te aqui querida..
Por favor não me lixem, nem se façam de hipócritas, todos nós deitamos o olho ao marido "pão" da amiga, à colega de trabalho "boazuda", sentimos o coração bater mais forte quando aquele amigo "especial" nos sorri, os homens têm erecções várias vezes ao dia, olham para os decotes, mini-saias, rabos, pernas e olhos das mulheres dos amigos, companheiras, amigas, colegas de trabalho e afins...quantas vezes namoriscamos, namoramos, casamos, somos amantes..
..de colegas de trabalho.?..
Agora, como é lógico, nem toda a a gente passa das sensações à prática (também havia de ser giro) mas que há muito boa gente que até gostava..mas não tem coragem....
Pronto, o que eu escrevo é verdade mas tem "fermento", no entanto são experiências inofensivas e positivas e a privacidade das pessoas está protegida e eu só guardo boas recordações daquela empresa.
E eu ainda tenho tanto para contar mas, por este andar, vou pensar duas vezes..

terça-feira, 1 de abril de 2008

braga revisitada..(continuação)




Entrámos e um manfias já bem aviado grita: "Cum caralho..que touura"...

Por entre as brumas do meu cérebro olho-te, tentando entender..

-Chamou-me vaca?

-Não, chamou-te boa..


Descemos umas escadas apertadas e entrámos num salão impregnado de fumo de cigarros e charros. Acendemos logo outro. Começo a curtir e ouço uns miúdos à minha volta:


CCM! CCM!

Olho-te pasmada. Ris-te. "Cona, cu e mamas" explicas.

foda-se..

A música estava do melhor, as bebidas não aqueciam nos copos. Fomos misturando vodka com as nossas salivas, bebendo dos lábios um do outro, provocando-nos mutuamente, antecipando o gozo que sabíamos estava para vir...

Encostada ao balcão estava uma miúda estranha, muito magra, pequena, de olhos quase fechados num risco, cabelos muito escuros pelo ombro, ondulados, e com um ar inconfundivelmente indiano. Estava completamente pedrada...

Meteu-se contigo, disse-te que me queria conhecer. Começámos a falar. A dada altura perguntei-te, ao ouvido, se gostavas dela.

-Parece um porta-chaves mas tu é que sabes..

Olhei-a, gostava dela, era uma menina-mulher, exótica...

Fui conversando com ela, dançámos, bebemos, fumámos, a noite foi-se fechando sobre nós. Valia tudo.
Saímos os três já de dia. Mal entrámos no carro, agarrou-se a mim. Beijou-me e pediu-me com uma voz muito rouca:

-Deixa-me ver as tuas mamas..

oub`lá....

Ficámos numa pensão central, indicada pela nossa amiga, e ouço-te vagamente fazer reserva para duas noites. Subimos aos tropeções.

No quarto a menina-mulher mostrou-nos a fibra dela. Mãos, língua e muita lábia..

Atiraram-se os dois a mim. Devoraram literalmente cada pedacinho do meu corpo. Ela não me larga o peito, lambe-me as mamas e geme baixinho. Tu, percorres as minhas coxas e a tua língua entra e sai de mim dobrada, rítmica..alucinas-me e não me aguento mais, é muito bom... Aproximo-a de mim, beijo-lhe os seios tão miúdos e ouço-a gemer e, então, vira-se para ti. Vejo as tuas mãos entre as pernas dela. Ela atira a cabeça para trás e começa a mexer a anca, com movimentos cada vez mais rápidos. Geme muito alto e ouvimos, vagamente, umas pancadas na parede do quarto ao lado.De seguida damos-te um tratamento de príncipe. As nossas línguas percorreram o teu corpo em direcções opostas, até se encontrarem no teu sexo. Ela, de uma lado. Eu, do outro. Vamos percorrendo o teu pau no mesmo sentido, de maneira que as nossas línguas tocam-se a todo o comprimento e saboreámos um linguado enquanto os teus gemidos enchem o quarto. Não aguentas e explodes nas nossas bocas. Partilhámos entre nós o teu orgasmo.
Deitámo-nos bem juntos. Mais tarde ouço-a vomitar na casa de banho e depois sair.

Abraço-te e deixo-me embalar numa ressaca monumental.

que se foda..

nota:obrigada meu querido "encontrado" de olhos verdes e apelido composto por teres contribuído para o remexer do baú das minhas memórias..as noites de braga são (eram) um must de rock e sexo..

braga revisitada



(Este vídeo que escolhi dos "Mão Morta" faz todo o sentido para este post. Gosto muito da banda e aprecio o Luxúria que conheci em Lisboa, daí ter escolhido este tema. Este texto relata uma aventura verídica, nua, crua e, portanto, se vieste até aqui por engano, se tens uma mente reservada, sexualmente puritana, não leias, vai ler outro blog que fale sobre política ou outra coisa qualquer).


Sexta-feira à noite. Estávamos fartos do ambiente do jornal, de trabalho, de ver as mesmas caras, ainda por cima tinha sido uma semana de seca, nem sequer tinhamos conseguido mandar um daqueles nossos esfreganços lá no jornal. Péssima semana. Jántamos no sítio do costume, entornámos umas cervejas até ficarmos assim-assim. E então..."bora até Braga..é fixe.." dizes.


"Bora".


Passámos lá na tua casa, arranjámos um saco com roupas e butes..


No teu carro, escolhemos " Mão Morta". Apropriado. À medida que enfrentamos o trânsito, saco da"pedra" e começo a queimar e a enrolar. De maneira que quando chegamos à cidade dos três P`s (Padres, Putas e Paneleiros) já estávamos completamente cacetados e só já queríamos: coca para o nariz, charro aqui e charro ali, vodka p´ra atestar e uma nina para brincar connosco.


Entrámos no "bar da associação", enfiámos uns canecos e saímos para tratar do nariz. No teu carro "snifámos" o que trouxemos do Porto. Um clarão explodiu no meu cérebro e com os sentidos em alerta e as sensações à flor da pele, embriagados de liberdade e libertinagem chegámos ao insólito. A noite começou aí verdadeiramente. Atestámos vodka atrás de vodka, fizemos amizades e naufragámos numa cena chamada club 84 ou 85...

(continua..)