quinta-feira, 14 de maio de 2009

o relógio

"O relógio é parecido com o homem: quase nunca regula bem.
Entre as doenças hereditárias do relógio, a que mais me dá pena é o facto de
ele ter uma perna mais curta que outra.
Actualmente há relógios automáticos com grande perfeição: adiantam automaticamente,
atrasam automaticamente, param automaticamente e estragam-se automaticamente. Tudo é automático!
A maior mentira que me pregaram foi quando me venderam o último relógio. Disseram-me
que ele andava sozinho, e não andou sequer um metro; que marcava os segundos, mas nem sequer marcou os primeiros, que era de pulso, mas não aguentou sequer um dia de trabalho;
que era à prova de água, e com as primeiras chuvas morreu afogado.
E sabem qual a diferença entre um homem apressado e um relógio parado? O homem apressado marca a hora, mas não tem tempo, o relógio parado tem o tempo mas não marca a hora.
Sabeis aquela do relógio que teve um acidente? Foi assim: Ele morreu na hora h, quando se lhe rompeu a corda e caiu nas pedras de rubi. Veio a falecer poucos segundos depois, sem assistência dos minutos, que não chegaram à hora."
Para terminar, podemos dizer, então, que um relógio..é isso mesmo, um relógio!

Bebe as minhas palavras "querido minhoto"

3 comentários:

Anónimo disse...

Lindo texto.
Tudo no seu tempo exacto.

Anónimo disse...

Muito bem, Aninhas, muito bem. És tu mesma, sem tirar nem pôr...

O.V.

luafeiticeira disse...

Está visto que estás aborrecida com algum "relógio".
Ainda te lembras da Lua Feiticeira?
Regressei com a Heidi.
Jocas