quarta-feira, 18 de junho de 2008

JN revisitado II

Ouço-te dizer até amanhã a alguém que ainda está na redacção e logo de seguida apareces, puxas-me pelo braço e desaparecemos por entre "shiuss" e sorrisos maliciosos em direcção ao espaço que "tão bem" escolheste para este reencontro.
Perco-me nos teus braços enquanto vamos tirando as roupas ao sabor do desejo que começa a escaldar. Puxo-te para mim e procuro a tua boca. O teu beijo alucina-me, a tua língua dança com a minha e as tuas mãos exigentes que passeiam pelo meu corpo fazem-me recuar dez anos. A minha boca conhece de cor esse corpo...percorre-o até chegar ao teu sexo. Duro. Quente. Palpitante. O cheiro de macho atinge-me como um choque eléctrico que me percorre as entranhas. Este cheiro que eu não sabia que tinha guardado durante todos estes anos. Lambo-te e chupo-te até pedires "mais não, por favor".
De joelhos à minha frente abres o meus lábios com dois dedos e sorves-me como se eu fosse um figo maduro. O meu sexo é uma romã. Carnuda. Polpuda. Inchada de tesão. A escorrer rios de excitação. Trincas o meu clítoris e eu grito de prazer.
Vamos para o chão. Eu ajoelho-me e tu vens por trás e começas a lamber-me. Grito. Tu sabes que isso deixa-me louca. É tão diferente de ser lambida de frente....tão melhor..
Entras em mim e sinto o teu sexo bem duro a bater contra a boca do meu útero em estocadas firmes, ritmadas, que me levam ao orgasmo.Sentes as minhas contracções e pedes-me sexo anal.
Viro-me de frente para ti, coloco as minhas pernas à volta do teu pescoço e o teu sexo desliza para dentro do meu rabo. Balanço a anca contra ti e frente a frente, olhos nos olhos, com as nossas bocas a lambuzarem-se, aprecio o prazer que se desenha no teu rosto, o tesão que chispa nos teus olhos, as saudades que eu tinha de sentir o teu orgasmo...
"É claro que não vais postar nada disto lá no teu blog..."
Claro que não querido..

JN revisitado

Claro que mais cedo ou mais tarde ias acabar por descobrir que sim, sou eu. A muito querida sou eu. Sim, querido. Tenho as mãos a suar e a voz a tremer enquanto falo contigo ao telemóvel. Tantos anos...e a tua voz a provocar o efeito de sempre..para sempre..
Claro que vou ter contigo. Combinámos e faço-me à estrada. Os quilómetros entre Lisboa e o Porto gastam-se rapidamente enquanto o pensamento voa..
Estás igual. Diferente, mais velho (pois) mais seguro, mais calmo, mas igual. Tens o mesmo brilho malandro nos olhos e na pele o mesmo cheiro.
Entrar no jornal contigo tantos anos depois foi arrepiante. O espaço mudou consideravelmente, há mais cubículos, há um cheiro a modernidade e muitas caras novas, para mim, of course. E outras tantas conhecidas. Eles não me reconhecem. Já não tenho piercings nem cabelo cor de laranja. Cumprimos o combinado. Saio. Vou à baixa. Espero-te para jantar. E voltámos ao jornal.
Foi fácil, tão fácil. Passámos na portaria, subo contigo, fico nas casas de banho enquanto vais "controlar" a redacção. Às 23 horas está pouca gente. Enquanto inspiro este ar que já não me "conta" nada reconheço o barulho "mecânico" da iluminação e sinto o mesmo "ar pesado" do ambiente..parece que está sempre para acontecer alguma coisa, ou então, são os meus fantasmas do passado manhosos a assaltarem-me o pensamento..
Sorrio e refugio-me na escuridão. Espero por ti.
"Anda. desejo-te"..

sábado, 14 de junho de 2008

festa dos sentidos

Gosto dos teus olhos. E da forma como olhas para mim. Do teu sorriso e da ternura cor-de-rosa que trazes sempre contigo. E que me ofereces. Sempre. A todo o instante.
Hoje vou entregar-me nas tuas mãos. Podes fazer comigo o que te apetecer. Anda. Prova-me. Deixa-me seduzir-te. Primeiro com um sorriso, um olhar. Depois, com esta paixão vermelha que me aquece o corpo, incendeia a alma e entorpece os sentidos. Anda. Prova-me.

E tu vens. Numa mão o verde da esperança renovada e na outra o cor-de-rosa dos teus bonitos sentimentos. Beijas-me. Sentes-me. Sou suave, não sou? Levemente picante, um bocadinho de nada a saber a anis. Isso. O meu corpo é um batido de coco e a tua boca a percorrê-lo em todos os sentidos desperta em mim o calor de uma tarde de Verão. Azul. Intenso. Cobalto.

Desce. Anda. Prova-me.

E tu vens. A tua língua deixa os meus seios de morango, descem pela minha barriga de batata-doce e entram no meu sexo ameixa. Sorves. Provas-me...

"É bom"..dizes. é muito bom. Digo. E peço-te: anda, faz de mim o teu mundo de aventuras..palmilha-me, explora-me..devora-me..

E tu vens. Com o teu abraço azul-céu. os teus lábios carmesim..os teus olhos acinzentados num mar castanho...e o teu espírito de conquistador...

Devoras cada pedaço de mim, sussurras-me frases loucas de desejo intenso e depois, de mãos dadas, é a minha vez de me perder em ti..

minha querida