sábado, 29 de março de 2008

depois do natal..

Regressei ao porto no dia 27 de Dezembro. Acabadinha de chegar à estação de S. Bento num dos primeiros comboios da manhã vi-te de pé, à minha espera.

Desci e dirigi-me para ti. Abraçaste-me com força e escondeste a cara nos meus cabelos, enquanto as tuas mãos desciam para o meu rabo.

-Tive saudades tuas gaja...

-Também eu...

Ofereci-te os meus lábios e aceitei a tua língua.. e fomos atingidos por aquele tesão tipo choque eléctrico. As nossas mãos correram o corpo do outro..

-Foda-se, que vontade tenho de te comer..vamos praí para qualquer sítio..

-Começas? Esperamos mais um bocadinho..

-Deves ser doida.....

Agarras-me pela mão e levas-me até às casas de banho da estação, deprimentes, sujas, acanhadas..

Encostas-me aos azulejos frios, baixamos as calças, arredamos a roupa para o lado e entras em mim, com urgência..fodemos contra a parede, uma foda rápida, apertadinha, enquanto me mordes a orelha e me dizes aquelas palavras tão tuas......"ai morito, és uma foda tão boa"..

Começamos a ganir embalados pelo nosso prazer e, então, começas a pressionar o meu rabo e murmuras.."é isto que eu quero para a próxima..dás?"..

Excitada, digo que sim e sinto-te explodir num orgasmo de muita saudade. Como bom conhecedor do meu corpo, sabes o que é preciso para me fazer feliz. Levantas-me uma perna, aumentas o ritmo e aguentas-te o suficiente para me fazeres vir. Mordo-te o ombro, enquanto tudo à minha volta fica lilás..

Descansamos um bocado encostados à porta e então olhas-me, alucinado, com um brilho diferente no olhar, expectante...

-Prometeste, vais cumprir?

Digo que sim, que está bem, que depois se vê..mas sinto a tua excitação...

Passamos pela Batalha, para eu comprar brincos e depois seguimos para o jornal.

Subimos até à redacção e dirijo-me ao meu local de estágio. Cumprimento o pessoal, deixo que me beijem, que me gabem a cor mais modesta de cabelo (castanho) e ouço o editor:

-O pai natal trouxe-lhe o jogo de panelas menina?

Ocupo o meu lugar e "cai-me" trabalho nas mãos..

-A menina e o J.P (outro estagiário) vão com o--------ao Tribunal de------acompanhar o julgamento de tráfico de droga do Bairro do Cerco..

Fomos os três mais o motorista num carro do jornal, não identificado.

Ambiente desgraçado, insultos, miséria.

Gramamos o resto da manhã, almoçamos num sítio por ali perto e voltamos ao início da tarde.

Uma tarde inteira de apontamentos. Eles saíram da sala várias vezes para fumar. Eu, como não fumadora, gramei do príncipio ao fim. Resultado: às 21h30 ainda estavamos no jornal a comparar notas, numa redacção praticamente deserta, à excepção dos editores.

Tu estavas, à minha espera. Livrei-me do trabalho e fui ter contigo.

Estavas com um pau descomunal, eu, era mais fome. De comida, mesmo.

-Comes em casa morito, agora vamos passar nos carros que eu deixei uma pasta lá e faz-me falta..

-Nos carros, não inventes..que carros..tenho fome, porra.

-Também eu. O sítio onde guardam os carros da empresa, nunca foste?
(continua)

5 comentários:

Otário Tevez disse...

Olá! Decerto já precenciaste um sorrisso de uma bela jovem pela primeira vez... já sentiste um forte sentimento cá dentro ao ouvir 1 poema. Já te apaixonaste?

Passom-me a apresentar:
Sou Otário e queria te convidar a apoiares a elaboração do 'Dia da 1ª vez'! No fundo, se não fosse a 1ª vez, que seria feito de nós?

Só tens de comentar e espalhar a mensagem. Um abraço!

Anónimo disse...

Em x anos de JN, desde 19xx, nunca as 21.30 foram hora em que na redacção só estivessem os editores...

muito querida disse...

meu querido anónimo

praticamente deserta, não significa absolutamente deserta..

significa pouca gente para o que é usual...ainda por cima na época natalícia em que nos encontravamos..

enfim, o que interessa querido é o calor que se gerou...

Bichinho disse...

...fico a espera...beijo fantasma.

JCA disse...

acho que vou virar jornalista... nunca se sabe quando aparece assim uma estagiária tão interessante