Vésperas de Natal. Perto das seis da tarde. Pouca gente na redacção. Estou a trabalhar e vou olhando, controlando os teus movimentos, à espera de um sinal teu, até que finalmente viras-te na cadeira, olhas-me. É a minha deixa:
-oh----, vou lanchar, tá bem? Já volto...
-Está bem menina, mas não se atrase que temos trabalho...esses lanches....
Subimos os degraus da escadaria até ao bar, sempre a correr..o tempo estava a contar..sentamo-nos à mesa do costume..encostas o teu joelho ao meu e, enquanto comemos, a tua mão vai subindo pela minha perna até chegar ao fecho das minhas calças, que abres, sem pudor, como já é hábito, enquanto me olhas bem dentro dos olhos e sussurras.."ontem foi tão bom, não foi?"...
Estremeço. Ontem, no meu quarto, foi mesmo muito bom, penso, enquanto os teus dedos entram nas minhas calças, afastam a tanga e começam a dança que me deixa louca...
-Aqui não..vamos ser apanhados. Sou sempre eu a alertar para o perigo, eu, que nada tenho a perder, que daqui a dois meses vou embora. Tu devias ter cuidado, não achas? Tens bem mais a perder...
-Cala-te princesa...bora mandar uma praí numa sala qualquer?Anda lá..estou a arder, ninguém dá por nada...está pouca gente no jornal.. vive a vida morito (nunca mais ninguém me chamou morito)..
Estava toda molhada...nunca mais me esquecerei da tua loucura, irresponsabilidade, do viver o momento..
Saímos do bar e dirigimo-nos à administração. O gabinete da funcionária que tinha tirado cópias do meu B.I e contribuinte quando eu cheguei ao jornal, estava vazio e às escuras...mas era envidraçado...
-Que importa..anda, para aqui, para o chão...
Fiz o que disseste. De joelhos atrás daquela secretária enrolamo-nos em beijos e apalpões..levantaste a minha camisola e o soutien, baixaste as tuas calças e pediste-me:
-Chupa-me, anda lá...
Abocanhei-te, primeiro a cabecinha..passei a língua pela pele tão rosa, fiz pressão no buraquinho.. e depois engoli-te todo...arfaste de prazer..apertaste-me, rolaste a anca contra mim e pediste-me:
-Quero vir-me na tua boca, deixas? Anda lá..deixa, eu depois como-te à canzana, como tu gostas..
Acedi. Não podia dizer que não a uma bela canzana, ainda por cima naquele local, onde alguém podia entrar a qualquer momento.
Engoli o teu orgasmo, gozando com os teus gemidos que tentavas abafar, em vão, mordendo a manga da tua camisola.
E cumpriste a promessa. Inclinaste-me sobre a cadeira de rodas e começaste a lamber-me por trás, de joelhos, eu comecei a morder o braço da cadeira para não fazer barulho e então entraste em mim e deste-me a melhor canzana da minha vida. Enquanto me penetravas apertavas as minhas mamas com uma mão e com a outra brincavas com o meu clítoris...estava encharcada. No auge da excitação, inclinaste-te sobre mim e mordeste-me no cachaço...tão bom sentir os teus dentes e o teu sopro na minha nuca. Empinei o rabo contra ti e tive um orgasmo brutal que me obrigou a morder o apoio da cadeira, até rasgar o tecido..e então lembrei-te:
-Não podes fazer dentro..estou naqueles dias perigosos..
-Foda-se..então..para onde mando isto? Arfaste.
Levantei a cabeça e vi um grande e pesado cinzeiro de vidro. Agarrei-o.
Pegaste nele, brincaste mais um bocado e não tardaste a sair de mim rapidamente. Regaste o cinzeiro enquanto nos ríamos do estado em que ficou o apoio da cadeira. Vestimo-nos, sempre de joelhos, com risinhos abafados, e saíste à minha frente.
Uns minutos depois sentava-me no meu lugar para retomar o trabalho e ouvia o editor com um risinho sarcástico:
-O seu estágio é outro menina....
Ops...
Daí a pouco vieste dizer-me ao ouvido com o teu sotaque tão minhoto:
-Cum caralho! Esqueci-me do cinzeiro....
ops...
43 comentários:
Que bandeira!! Cambada de incompetentes!!
Eu dava-te o cinzeiro nesse rabinho!!
Beijo fantasma.
Uma canzana é sempre uma canzana :-)
ai essa cabeça distraida... agora deixa-se cinzeiros usados por aí?
Porra... agora até os cinzeiros!? Mas já não há nada sagrado nesta casa?!...
querido anónimo
tive um ataque de riso e até me engasguei...sagrado?? Aí no JN??
Ou até nas delegações..ops..
Então fica atento..às cenas dos próximos capítulos..
beijinhos quentinhos
Muito querida,
A gente cá do JN está feito doida a correr todos os andares do edifício, pois esse cinzeiro deve render uns cobres razoáveis no e-bay!... Mas o que nós queremos mesmo é ler prosas com pistas mais precisas...
Querida Muito Querida,
Claro que este anónimo (eu) não é o mesmo de cima, nem tenho sotaque minhoto, mas sempre apreciei o calor das palavras...
queridos
não procurem o cinzeiro meus encantos, ele foi encontado pelas senhoras da limpeza e não foi isso que deu barraca. O problema foi o braço da cadeira mordido..foi intrigante para o pessoal da administração..para a dona I-----
Bom, querem prosas com pistas mais precisas?
A vossa muito querida dá..
me aguardem
beijos tórridos para vocês lindos..e beijinhos para as meninas..
meu querido anónimo
(tu)que não és o mesmo de cima, o sotaque não interessa quando as palavras são quentes. E ainda bem que aprecias..
Já agora, não és outro anónimo do JN, ou és? (começo a ficar com medo)....
Claro que sou outro anónimo do JN. Podes ter medo à vontade, já que os tremores estimulam e humidificam os corredores do prazer...
ui, ui, isto está a aquecer...
Sou uma anónima que estagiou no JN em 2000. Ou andei a dormir, ou as coisas mudaram muito em cinco anos. O que eu vi foi uma grande pasmaceira...
Nada melhor que dar uma escapadinha no local de trabalho, com aquele colega que nos deixa a tanguinha meloza...que nos fode com tesão à flor da pele...Exprimnetem, é perigosamente estimulante...
É preciso sair do armário! Rasgar novos horizontes...
(O primeiro anónimo)
Do segundo anónimo para a terceira anónima: dves ser é frígida! A Muito querida, pelos vistos, sabe melhor do que fala...
Sou, novamente, a anónima que estagiou no JN em 2000. Nessa altura, já eu sabia o significado oculto da palavra desabrochar, mas, querendo eu fazer chamadas para Londres, só me puseram a ligar para os números da volta telefónica...
Ó minha querida anónima
estagiaste lá em 2000, bem, cinco anos chega para mudar muita coisa..mas o importante querida e o pertinente é se tu deste ou não hipótese àqueles lindos de mostrar o que valem.Almoçaste com eles, saíste com eles, partilhaste segredos, contaste anedotas (picantes)enfim..deste-te a conhecer ou estiveste lá quietinha no teu cantinho?
Bom, eu incendiei aquela redacção e os homens lá são (eram) do mais malandro que há, só é preciso ultrapassar a "barreira" do comportamento profissional..ai, e se eu ultrapassei querida..
(suspiro)
carpe.
tens toda a razão, isto já está é a pegar fogo..tu leste aquilo?
"Estimulam" e "Humidificam"...
não te parece que os meus colegas estão a querer meter-se cmg?
O que faço querida? Conto tudo?
Bem, eu parece-me que antes demais, te quiseste meter com eles. Agora tens de te aguentar à bronca! como (bons) jornalistas que são, hão-de querer entrevistar-te para que contes tudo ;-)
estagiária do JN em 2000, e para Tóquio, experimentaste fazer chamadas? Dizem que nunca falha...
cada vez leio com mais atenção o JN. pode ser que alguém se engane e publique a realidade:)
Muito querida,
Conta tudo, mesmo tudo. Ainda te arranjamos por cá um cargo de directora de actividades lúdicas do JN, e aí é que tens de te aguentar à bronca...
Meu querido anónimo
agradeço a ideia do cargo de directora de actividades lúdicas, mas é provável que seja melhor, para todos, que eu continue a fazer este trabalho e a aturar o meu "querido editor" porque, sabes querido...se eu fosse para o Porto desempenhar um cargo desses..hihihi...ia ser uma animação..e era capaz de não ficar assim lá mto bem para a "instituição" JN...digo eu..
mas diz-me..tu és um anónimo que estava na sede em 95? Pode ser que eu te conheça...
Pois pode, pois pode...
meu querido anónimo
estou a adorar esta alegre cavaqueira.
Só espero que sejas um daqueles miúdos novinhos que estavam lá na altura, alguns bem interessantes...mas eu estava tão ocupada com aquele lindo...enfim, se fosse hoje...se eu soubesse o que sei hoje..ó tempo volta para trás..
aliás...havia lá um rapaz de olhos esverdeados e apelido composto...hummm....
Oh God, make me good..
God: more?!!
o meu editor está olhar para mim com olhos de "carneiro mal morto" pensa que estou no msn..se ele soubesse..hihihi...
Oh, inclemência! Oh, martírio!... Por que me dotou a Providência de banais olhos castanhos?... E o que eu daria por um apelido composto, do estilo Manuel Joaquim d'Além-cueca!...
Mas não, sou um português típico, atolado nesta nada incomum individualidade.
(suspiro)
deixa lá querido, eu tb gosto de olhos castanhos..sempre são mais doces...e quanto ao facto de seres um português típico, digo-te já, se és do género e estilo que um certo colega teu (aí do JN) ...(pelo menos o que ele deu a conhecer no msn)...podes vir a qualquer hora...que o prato principal..és tu! Mesmo que o teu apelido seja...da Silva...(pena que ele não seja tão simpático como tu)..(suspiro)
miau
olhos verdes... são bem mais interessantes... (nem que seja os meus)...
Voltou o primeiro anónimo:
Isto está mesmo bom... Só tenho pena de uma coisa: estava cá em 1995 e nunca percebi que a coisa estava tão assanhada! Defeito meu, claro!
Caro primeiro anónimo (daqui o segundo anónimo),
Como sabes, também eu estava cá em 1995. Ou seja, tivemos de esperar estes anos todos para compreender o quão totós somos... Ou talvez seja essa dura condição de não termos apelidos compostos ou sotaque minhoto. (suspiro)
Quanto a ti, querida Muito Querida, bem podes postar qualquer coisa que nos roube às trevas em que nos afunda a ignorância de tão romanescas façanhas...
Ui, como isto anda!
Cá estou eu outra vez, a anónima que estagiou no JN em 2000. Realmente, havia pedaços bem apetecíveis naquela redacção, mas pareceram sempre fora do meu alcance.... :-(
Ó Muito Querida, rapariga! Da Rua Alexandre Herculano ao JN não se passa pela Praça da República... Estarias com os neurónios atarantados?...
lol, ó estagiária anónima de 2000, não fizeste chamadas para Tóquio, o que é que querias?!?
ó último anónimo, sabes, esta querida gosta de ir por uns atalhos... assim para o compridos ;-)
querido QJ
desculpa mas os olhos castanhos.. pronto..partem-me o coração e apetece-me logo dar um colinho e fazer festinhas...
e os teus olhos são de um verde muito forte, os do outro lindo de nome composto e cabelo castanho (e já agora também minhoto)eram apenas esverdeados...
ai que pena que eu tenho não lhe ter dado um colinho...
querido primeiro anónimo:
lá está:estavas enfiado no armário...não deste por nada...
querido segundo anónimo
não são totós, só distraídos. E já disse que gosto de olhos castanhos e do típico português...e que não faço questão que tenhas um nome composto..podes ser da Silva, ou Soares, ou Maia, ou Pinto..enfim...
não interessa, desde que as tuas palavras sejam quentes, as tuas mãos sejam suaves e os teus beijos sejam doces...pq isso é que aqui é fundamental....
ah, vou tentar postar algo que vos roube às trevas da ignorância de tão romanescas façanhas.
Romanescas?!
está bonito..
querida anónima
era apetecíveis, não eram??
ai, cada pedaço de mau caminho...
o teu problema foi timidez e falta de "isca" adequada. Eu cá pesquei cada peixe graúdo..ui...ui..
bom, um rabinho gostoso, um belo par de mamas e uma mente perversa...foram armas fundamentais para o sucesso da pescaria..
beijos querida
atenção: pode ser que um dia a gente se encontre e eu te conte o que não pode ser aqui escrito...
querido terceiro anónimo, penso eu de que..
não é a rua Alexandre herculano, é a Antero de Quental, verifica que eu alterei, enganei-me no primeiro post.
Aquela praça onde fica um quartel e onde existe uma igreja com senhoras a vender flores À porta..é a Praça da República, não é?
Também não interesse para nada..e os meus neurónios querido sempre estiveram muito bons...:)
Muito querida, muito querida!... Andas a enrolar-nos com conversa da treta. Não posso acreditar que a fonte da criatividade tenha secado, pelo que espero ansiosamente por nova postagem. Quanto à praça e à igreja... pois, é mais ou menos isso.
Pois é, Muito Querida!
Por acaso, nunca me considerei mal servida de mamas, e tenho outros atributos que me têm ajudado no meu caminho. De 2000 para cá já muita água correu sob as pontes, se me faço entender...
Quanto ao resto, penso que podes aqui escrever tudo, pois estás a ser um raio de luz para todas as estagiárias deste país, até aqui receosas de encarar a Verdade. Caso algum pudor te impeça de publicar os detalhes mais lúbricos, eu compreendo, deixando ao teu dispor o meu modesto apartado virtual, a funcionar em estagiariadoano2000@gmail.com .
porra, caramba...querida estagiária 2000, eu nunca disse que as tuas mamas eram menos que as minhas..ou outra coisa qualquer..também nunca duvidei dos teus atributos...só falei dos meus...agora, essa das pontes...
pontes????!!!
querida, isso já não é nada comigo.
Ponto Final.
Oh, muito querida! Essa das pontes é mesmo só a expressão, pontes com minúscula, nada a ver com gente que não é do teu tempo no JN... E a questão das mamas era só um desabafo. Va lá, não vale a pena amuar...
Do primeiro anónimo: para quem cá esteve há tanto tempo sabem muito sobre o presente... Aqui há história!
ó meu querido primeiro anónimo
tu agora desculpa lá, mas se dizes isso por causa do pontes...por favor...toda a gente sabe quem é..enfim..
até em lx..
essa agora..tu bê lá (como diria o meu lindo)..
beijinhos lindo, hummm
tens a certeza que não tens um bocadinho de sotaque minhoto?
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