quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

rumos de prazer

continuação daqui


Ela tenta cobrir-se, com algum pudor de ti, mas é tarde demais. Tu e ele percebem o que se está a passar, já vos tínhamos feito chegar o nosso desejo. Ele olha para a mulher e para mim, eu fico expectante, porque ela já me tinha dito que ele era bastante ciumento, mas antes que pudesse dizer ou fazer alguma coisa, tu riste-te “olha para ti, toda lambuzada de iogurte, anda cá” pegas-me no braço e dás-me um daqueles beijos arrebatadores, com direito a lambidelas de lábios, nariz e arredores. Eu rio-me desmesuradamente para libertar tensão e parece resultar, porque eles também se riem (mais ela que ele). Eu viro-me para ele e “peço desculpa, tens uma mulher irresistível, não me leves a mal”. Vejo-o finalmente rir-se e pisco-lhe o olho, enquanto me abraças. Sabe tão bem o teu abraço, estou em brasa, quero acalmar este fogo que me consome e tu estás tão apetecível, fresquinho, com gotas de água a escorrer pelo corpo! “Apeteces-me!”, sussurro num suspiro. A praia continua deserta, e eu espero poder contagiar os nossos amigos. “Alguma vez nadaram sem roupa?” Eles sorriem. Começo a despir-me. “O último a entrar na água paga o jantar!”, dizes tu. Corremos que nem loucos para dentro de água, com tudo a abanar, e cumprimentamos novamente o mar com quarto belos olás mergulhadores. Todo o corpo, cada centímetro de pele, em contacto com a suavidade líquida da água, a sensação de liberdade total, flutuante é muito boa, dá-me vontade de rir às gargalhadas enquanto salto e rodopio.
Mergulhas e dás-me um beijo no sexo. Tento fazer o mesmo, mas tu sabes que não sou filha de peixe, tens de me ensinar a mergulhar melhor, mas agora não quero.
Agarro-me a ti, prendo-te com as pernas pelas ancas, sinto-te inchar lentamente, e deixo-me levar por ti, a flutuar, apenas agarrada pelas pernas, com o resto do corpo a flutuar ao sabor dos teus movimentos. Procuro encaixar-me em ti, vejo que eles fazem o mesmo. “Esta posição dentro de água é muito mais fácil!”, diz ele. Pois é, bem mais fácil, tem um ritmo próprio, mais liberto da gravidade, flutuante…
Deixamo-nos embalar assim os quatro, aos pares, aos beijos, abraçados, encaixados. Os risos deles misturam-se com os nossos, e os gemidos mútuos intensificam-se, excitam-nos numa espiral crescente. Chegamos assim ao êxtase quase em simultâneo. Embalamo-nos nesse prazer intenso, e deixamos depois os nossos corpos flutuarem em paz.

O sol alaranjado brilha tímido no horizonte, deixando um rasto de luz na água, reflectindo-se também em nós, brilhando-nos a pele. Nos olhos, espelhamos a cumplicidade e satisfação de um banho inesquecível.

9 comentários:

muito querida disse...

banho a quatro? nus?

hummmmmm.....

gostei desta vers�o...� fresquinha:-)

Marinheiro Solitário disse...

Tinhas que fazer uma versão politicamente correcta n era? :)

Gostei imenso. Fez-me lembrar o "meu" Meco.

Unknown disse...

apenas te pôs a questão da solidão pois por vezes somos assaltados por vontades, desejos... e por estarmos sós são mais didiceis de ser sastifeitos

Unknown disse...

apenas te pôs a questão da solidão pois por vezes somos assaltados por vontades, desejos... e por estarmos sós são mais didiceis de ser sastifeitos

shiuuuu disse...

Convido-te a apareceres e participar lá no Shiuuuu!!!
Ousa...Despe-te...

Unknown disse...

apenas preciso de me queimar, quando estou só e vem a noite parece que algo se apodera de mim, o sono some e que fazer ? que fazer se só a minha carne me fala ?

muito querida disse...

aparece por aqui luis....acho q vens ao sítio certo.........................


beijos quentes..

Anónimo disse...

assim fica dificil ler até ao fim.....

JCA disse...

um belo mergulho em água fresca...

e ainda dizem que os banhos frios acalmam...